Antes sentados lado a lado dentro de igrejas ou templos religiosos, os fiéis convivem, agora, com o distanciamento durante as missas, os cultos e as celebrações. Máscara no rosto e álcool em gel para a higienização das mãos também são parte da rotina de quem busca, nesses espaços, o acolhimento e as orações.
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Desde que as atividades foram liberadas em Santa Catarina, em maio do ano passado, os estabelecimentos religiosos precisaram se adequar a uma série de regras sanitárias definidas para o enfrentamento da pandemia do coronavírus.
A tradicional missa da quarta-feira de cinzas, que marca o começo da quaresma para os católicos, é um exemplo que demandou adaptação: no lugar do sinal da cruz feito na testa dos fieis, os padres optaram por deixar as cinzas cair sobre a cabeça a cabeça.
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Além disso, os abraços comuns às celebrações católicas, foram retirados do protocolo dos encontros. O desejo de paz entre o público, agora ocorre à distância.
– Quando o santuário está lotado dentro daquilo que é permitido, muitas vezes temos bancos e cadeiras fora, para que as pessoas possam participar – disse Mário José, padre que atua no Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Florianópolis, sobre as alterações.
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Todas essas mudanças são obrigatórias durante as missas e os cultos religiosos, conforme definido em decreto do Estado, documento que delimita a lotação dos espaços, conforme a classificação de risco de cada região.
Nas áreas classificadas em nível gravíssimo para transmissão do novo coronavírus, a ocupação máxima é de 30%. Em grave é de 50%. Alto 75%, e moderado até 100% desde que seja respeitado o distanciamento de um metro e meio entre as pessoas.
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Além disso, os fieis devem ocupar lugares alternados e ter a disposição álcool 70% pra higienização das mãos. O local deve estar ventilado e o uso de máscara é obrigatório .
Transmissões pela internet
Além das regras para quem busca nos templos um momento de oração e reflexão, diferentes religiões encontraram nas transmissões on-line, uma alternativa para evitar aglomeração e manter o público presente.
Nas religiões de matriz africana, o acolhimento individual ou em grupo, ocorre com auxílio da internet.
– A gente procura levar conforto espiritual para as pessoas através deste trabalho, inclusive com encontros coletivos, porque também trabalho com palestra de africanidade pelas plataformas – disse o sacerdote, Babá Guaracy Fagundes
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Da mesma forma, acontece na Igreja Adventista do Sétimo Dia, segundo o diretor de comunicação, Rubens de Almeira Junior:
– O público que tem frequentado é um público bem abaixo do que o recomendado pelas autoridades. Nós preferimos assim. Em vista de que muitas pessoas ainda estão em casa e preferem permanecer assim. A internet e as redes sociais nos ajudaram muito nessa proximidade com nossos membros para transmissão dos nossos cultos.
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O que pode e o que não pode em igrejas e templos religiosos
– A lotação máxima é de 30% da capacidade em regiões de risco gravíssimo, 50% em regiões com risco grave e 75% em regiões sob risco potencial alto;
– em regiões com risco moderado, a lotação máxima será aquela onde possa ser garantido o distanciamento mínimo de 1,5 metro, com exceção das pessoas que moram na mesma casa;
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– todas as pessoas devem usar máscaras durante todo o período em que estiverem nona igreja ou templo, independentemente de estarem ou não em contato direto com o público;
– a distância mínima entre as pessoas deve ser de 1,5 metro em regiões com risco grave, alto e moderado, e de 2 metros no nível gravíssimo, exceto pessoas que residem na mesma casa.
* Colaborou: Paulo Mueller
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