Veja o que faz o medo de Messi. Depois de ser quase cortado por uma lesão na virilha, o volante holandês Nigel De Jong pode voltar ao time da Holanda para reforçar o meio-campo na semifinal contra a Argentina, nesta quarta-feira, às 17h. Na manhã desta terça-feira, ele treinou normalmente no Pacaembu e só não foi confirmado pelo técnico Louis Van Gaal na entrevista coletiva desta tarde, no Itaquerão, porque o treinador não confirmou absolutamente nada.

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Mas deu uma informação importante, e num tom preocupado: o atacante Robin Van Persie, capitão da Holanda, treinou em separado por estar sofrendo de uma indisposição intestinal – Daryl Janmaat também tem problema semelhante. Questionado por um jornalista holandês se poderia haver um segundo “milagre de Nossa Senhora de Lourdes” – o primeiro seria a recuperação a jato de De Jong – o técnico respondeu:

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– Temos 24 horas para a partida ainda. Se a resposta for positiva, o milagre terá ocorrido.

Repare que Van Gaal não disse “um milagre terá ocorrido”, porque se recuperar de uma indisposição não é matéria para ajuda divina. Uma lesão na virilha recuperada tão ligeiro até que poderia se qualificar – De Jong machucou-se nos primeiros minutos da partida contra o México, há nove dias, e os médicos da Holanda haviam previsto pelo menos duas semanas para curar. Mas só amanhã para saber: ainda que hoje, no Pacaembu, o volante tenha se movimentado bastante no aquecimento, Van Gaal não permitiu que jornalistas vissem o trabalho com bola.

A preocupação maior do holandês parece ser com Van Persie mesmo:

– É nosso capitão e vai jogar, desde que tenha condições físicas. Não está com nenhuma lesão, mas precisa estar 100%. É muito importante para nós.

E com a Argentina de Messi, apesar de tentar fazer-se de desentendido quando perguntado sobre a estratégia para parar o argentino – placidamente, usou uma das frases do “Manual Internacional de Entrevista Coletiva Para Técnicos Blasés”.

– Ele foi eleito o melhor do mundo, e isso não acontece sem razão – enrolou Van Gaal, que estava acompanhado do zagueiro De Vrij na coletiva, claramente só para fazer número, já que respondeu só duas perguntas.

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Foi a última pergunta, feita por um jornalista de uma emissora infantil holandesa, que ironicamente tirou de Van Gaal a única evidência mais sincera de tensão. Quase todos na sala lotada riram disfarçadamente quando o repórter contou que seus pequenos telespectadores estavam reclamando que os jogos eram muito tarde e seus pais os mandavam para a cama (a Holanda está cinco horas à frente do Brasil) e perguntou se a partida de amanhã terminaria, de novo, no início da madrugada – em uma referência à prorrogação e pênaltis das quartas de final.

– Eu permitiria aos meus filhos assistir os jogos, até porque não vão conseguir dormir mesmo. Mas amanhã, provavlemente vai terminar até mais tarde do que o jogo anterior: a Argentina é uma equipe de mais qualidade – disse Van Gaal, no limite que a sisudez dos últimos dias lhe permitiu.

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