O capitão da Seleção Brasileira Thiago Silva esteve na manhã desta quarta-feira na sede da RBS TV em Florianópolis para um bate-papo com o colunista Cacau Menezes. Em seguida, a equipe do Diário Catarinense falou com o zagueiro campeão da Copa das Confederações, que contou curiosidades sobre o vestiário do Brasil e relatou toda a emoção de fazer parte do grupo que reconquistou a torcida. O jogador também deixou claro que não há nada oficial sobre uma possível transferência para o Barcelona.
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Diário Catarinense – Como são as férias de um jogador após uma conquista tão importante como essa?
Thiago Silva – Cara, estou me sentindo realizado, com a sensação de dever cumprido. Graças a Deus, tudo aconteceu como imaginávamos. Agora é curtir as férias, a família, relaxar e esquecer um pouco o futebol, já que normalmente passamos dez, 11 meses pensando somente nisso.
DC – Por que escolheu Florianópolis para descansar?
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Thiago – Na verdade, o meu ano quase sempre termina em Florianópolis. Quando acaba a temporada, eu normalmente venho para ficar dois ou três dias e relaxar, em função também de o meu agente ser daqui, e também tenho alguns investimentos aqui. É uma cidade onde me sinto à vontade, sempre fui bem recebido, até pelos torcedores do Figueira (risos), mesmo tendo vencido aquela final da Copa do Brasil com o Fluminense (em 2007). Esse reconhecimento é legal, e aqui eu me sinto em casa, posso dizer que é a minha segunda casa.
DC – Muito se fala em uma possível transferência para o Barcelona. Como você encara isso? Você ainda tem o sonho de defender algum clube específico?
Thiago – O meu desejo sempre foi jogar em um grande clube da Europa. E graças a Deus, tudo o que eu sonhei, tanto profissional como pessoalmente, eu conquistei. Lutei para chegar onde estou e posso dizer que sou realizado. Os sonhos que faltam são a Champions League e a Copa do Mundo do ano que vem. Eu tenho uma relação muito transparente com o meu empresário, sempre digo para ele: enquanto não houver nada de concreto, não me passe nada, principalmente quando estou em competição. Porque isso fica na minha cabeça, fica me perturbando, martelando, e em alguns momentos atrapalha. Se ele não me passou, é porque não existe nada.
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DC – Como foi fazer parte do time que foi vitorioso no Brasil e trouxe a confiança de volta?
Thiago – O Brasil voltou a conquistar uma competição importante depois de muito tempo, e dentro do nosso país. Erguer a taça no Maracanã, onde tudo começou para mim, foi uma das melhores sensações que eu já senti na vida.
DC – Você pode contar como foi a preleção antes da grande decisão? Qual foi a sua participação como capitão da equipe?
Thiago – Eu dificilmente falo alguma coisa nas reuniões antes dos jogos, porque de repente você pode atrapalhar o pensamento da comissão técnica. Eu procuro falar o menos possível, mas quando vai chegando a hora do jogo, no aquecimento, até mesmo dentro de campo, eu tento passar confiança para os jogadores. Passo um pouco da minha experiência e daquilo que gostaria que a gente fizesse em campo. Na final, eu falei para o Oscar, que vinha sendo cobrado, que ele era muito importante. Disse para ele: “Você pode ser o pior em campo hoje, mas eu terei orgulho de correr por você porque sei a pessoa que você é”. E ele agradeceu e fez de tudo para sermos vencedores.
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DC – Em tempos de redes sociais, vocês, pessoas públicas e que geram interesse, precisam ter uma preocupação, um cuidado maior com a imagem, já que estão em exposição o tempo todo?
Thiago – Na verdade, nós ficamos muito à flor da pele. É difícil você pensar em tudo o que você faz. O Hulk, no momento em que tirou a foto no vestiário (na qual Diego Cavalieri aparece seminu ao fundo), nunca pensou que poderia ter alguém naquela situação. Você está tão envolvido com o jogo e com a comemoração que esquece de outras coisas. A empolgação é tão grande que você tira a foto e já posta. Eu, particularmente, tive uma precaução maior e esperei um momento mais tranquilo para tirar uma foto e escrever uma mensagem. Por isso, consegui observar melhor, ver o que estava se passando, para não dar a brecha que o Hulk deu.