A casa centenária que foi atingida por um incêndio na última semana, no centro de Joinville, abrigou um escritório para atender trabalhadores da área têxtil, foi sede de escritório de advocacia e moradia há mais de um século. A edificação particular, na Rua Rio Branco, é tombada como patrimônio na cidade e tinha um processo de restauração aprovado.
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Conforme informações da prefeitura de Joinville, o casarão foi construído na década de 1920, pelo representante comercial Max Beckmann, com inspiração voltada aos desenhos arquitetônicos da Escola Bauhaus, com trabalhos da empresa Keller & Cia. Construções. A casa, de quase 400 metros quadrados, foi edificada originalmente para abrigar a família e o escritório.
Veja fotos da casa centenária que pegou fogo
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A casa foi erguida conforme a planta aprovada. A planta do andar térreo repete a configuração do andar superior. Na elevação da Rua Jerônimo Coelho, existia uma varanda com balcão, compondo o espaço da sala de jantar e o salão. O andar de cima teria qualidade superior quanto à sua arquitetura de interiores. Seja nos revestimentos usados, esquadrias internas, detalhes dos forros ou no amplo pé direito utilizado.
Em 1959, foi executado um novo projeto com objetivo de subdividir o prédio existente com ligeiras modificações, para juntamente com anexo a construir, constituir mais uma moradia.
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A arquitetura da casa se encaixa no estilo eclético, pela mistura de estilos estéticos históricos e, por outro lado, pela busca de simetria, pela riqueza decorativa e pela grandiosidade. Caracterizava-se, ainda, por fachadas bem trabalhadas, com a presença de sacadas, de detalhes decorativos e frisos e pela utilização de elementos arquitetônicos de linguagem neoclássica e neorenascentistas, além de elementos de outros estilos.
A história dos usos é residencial e comercial. O que se sabe é que antes foi um escritório para atender trabalhadores da área têxtil, não sabendo, com precisão, se era um sindicato ou escritório. Porém, nas últimas décadas, foi sede de um escritório de advocacia.
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O incêndio
Segundo os bombeiros, o incêndio, em 14 de agosto, atingiu os 675 metros quadrados do imóvel. Para fazer o combate às chamas, foram acionadas cinco viaturas dos bombeiros e usados 54 mil litros de água para extinguir o incêndio. Após o fim dos trabalhos, os bombeiros concluíram que houve perda total no imóvel.
As causas do incêndio ainda devem ser apuradas, porém, conforme informações preliminares dos socorristas, há suspeita de ter sido causado por ação humana direta.
*Sob supervisão de Leandro Ferreira
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