Durante uma visita a Rio do Sul na manhã deste domingo (19), o governador de Santa Catarina se comprometeu com uma série de ações para tentar amenizar os impactos das enchentes no Alto Vale do Itajaí. Jorginho Mello elencou desde a necessidade de construção de casas para realocar moradores de áreas mais suscetíveis a alagamentos até obras em rios, previstas há mais de uma década através de uma parceria com uma agência japonesa.
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Rio do Sul enfrenta a segunda pior enchente da história e a quinta somente este ano. A prefeitura estima aproximadamente 19 mil desalojados e quase 1,8 mil desabrigados na cidade atualmente. Isso representa praticamente um terço da população local. Com o pico do Rio Itajaí-Açu em 13,04 metros, metade da área urbana ficou inundada. A situação é crítica também em outros municípios da região, como Taió, Rio do Oeste, Trombudo Central e Pouso Redondo.
Jorginho Mello disse que vai tirar do papel obras como a dragagem de 21 quilômetros do Itajaí-Açu entre Rio do Sul e Lontras. Nesse trecho, há grandes rochas que freiam a descida da água, o que aumenta e prolonga as inundações nas cidades da região. O governador citou ainda a necessidade de executar as obras de três minibarragens previstas para Mirim Doce, Petrolândia e Trombudo Central.
Essas obras, além de várias outras como canal extravasor com controle de vazão no Salto Pilão, foram elencadas por meio de um estudo da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). Foi desse documento, por exemplo, que saiu a recomendação para a sobrelevação das barragens de Taió e Ituporanga, ambas já executadas pelo governo do Estado.
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O dinheiro para viabilizar essas ações precisa ser buscado via financiamentos e apoio do governo federal. Jorginho Mello inclusive cobra uma resposta mais rápida da União para liberar o dinheiro prometido aos municípios catarinenses nas enchentes de outubro. Citou reiterou que quer de volta e o quanto antes os R$ 465 milhões que o Estado aplicou na duplicação da BR-470, para que possa usar na resposta às cidades alagadas.
Uma das possibilidades citadas por Jorginho Mello é também construir um conjunto habitacional para os moradores da Rua André Largura, no bairro Taboão, em Rio do Sul. A área é uma das primeiras afetadas quando o nível da água sobe e a ideia do governador é, através de parcerias, oferecer moradia a essas pessoas em um local menos suscetível a enchente. O governador afirmou que vai criar um fundo estadual para casos de desastres naturais.
— Eu, como governador, já disse a todos as lideranças aqui: nós vamos encarar de frente. Não tem mais porque ficar protelando isso. Eu quero fazer o que ninguém conseguiu fazer, nós vamos fazer dinheiro, a gente vai ter que ir atrás, o Estado vai começar — garantiu Jorginho Mello durante a visita a Rio do Sul.
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