Os candidatos à prefeitura de São Paulo participam neste domingo (1º) do quarto debate das eleições municipais deste ano, realizado pela TV Gazeta em parceria com o canal My News. O encontro foi marcado por troca de ofensas entre os participantes Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB), Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB).

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

Veja como foi o quarto debate de candidatos à prefeitura de SP

Pablo Marçal chamou Nunes de “Bananinha” e Boulos de “Boules”, em referência à alteração da letra do Hino Nacional para linguagem neutra em um comício do deputado federal.

O prefeito de São Paulo, por sua vez, chamou Marçal de “Tchuthuca do PCC”, por conta de denúncias de ligações de aliados do empresário com a facção criminosa.

Continua depois da publicidade

Marçal foi o primeiro a fazer perguntas, e escolheu Boulos (PSOL), a quem questionou sobre o episódio da execução do hino em linguagem neutra. Ele também perguntou se o candidato “nunca experimentou nenhuma substância alucinógena”.

Já Boulos disse que “não conversa com criminoso”, falando das condenações de Marçal na Justiça comum e Trabalhista. O candidato do PSOL ainda fez ataques a Ricardo Nunes (MDB).

Marçal disse que Boulos teria “institucionalizado a rachadinha” por conta do voto pela absolvição de André Janones (Avante-MG) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

— São Paulo está correndo risco mesmo, o risco daquela quadrilha do petrolão voltar — disse.

“Bananinha”, “Tchutchuca do PCC” e “Boules”

Nunes e Pablo Marçal trocaram acusações no que era para ser uma pergunta do atual prefeito sobre segurança público, chegando a chamar o ex-coach de “Pablito” e “Tchutchuca do PCC”.

Continua depois da publicidade

— Pablito, você participou, foi condenado e preso por integrar uma quadrilha que entrava na conta das pessoas e subtraia recursos dos mais humildes aposentados. As pessoas ligadas ao seu partido tem uma ligação estreita com o PCC. Inclusive, seu piloto de avião, não é mais (do) tráfico. Foi para o narcotráfico. Como você pensa em lidar com a segurança pública com um histórico tão complicado — disse Nunes.

O candidato do PRTB chamou Nunes de “Bananinha” e disse que ele tinha o ex-presidente Jair Bolsonaro como “amante” por ter que esconder das pessoas que gosta dele.

— Dá um jeito de ganhar essa prefeitura, se você não ganhar ano que vem você está na cadeia por conta de desvio de creche — afirmou Marçal, em referência à investigação da Polícia Federal de uma “máfia” nas creches paulistanas. Na sequência, Marçal foi chamado de “Tchuchuca do PCC”.

Candidatos debateram saúde, educação e segurança

A candidata Tabata Amaral (PSB) questionou o atual prefeito sobre a queda de São Paulo no ranking nacional de alfabetização. Ele se defendeu dizendo que a capital paulista continua cima de outras capitais, e com redução de índices de evasão escolar.

Continua depois da publicidade

Tabata disse que Nunes “tenta falar bonito porque acha que as pessoas são bobas” e que caso ele seja eleito para um segundo mandato “as crianças vão desaprender a ler e escrever”.

Além de Tabata, Datena também acusou Nunes em relação ao combate ao crime organizado. As críticas de Tabata se estenderam a Boulos, afirmando que ele e Nunes “se acovardaram” e agora só falam sobre as supostas ligações de Marçal com o crime organizado.

Ela disse ainda que deve apresentar uma representação na Justiça Eleitoral sobre um suposto “caixa dois” para impulsionar o número de seguidor de Marçal nas redes.

Questionado por Boulos sobre a saúde, Datena disse que sua principal preocupação seria a segurança.

— O que mais me preocupa é a saúde de São Paulo em termos policiais. Esse sujeito condenado, um bandidinho virtual, esse Pablo Marçal. Me chamou de fujão, mas quem teve que dar no pé para os Estados Unidos para não cumprir mais tempo de cadeia porque a pena dele prescreveu por ter menos de 21 anos de idade— afirmou Datena.

Continua depois da publicidade

O apresentador ainda chamou Nunes de “mentiroso” e relembrou a investigação da “máfia das creches” .

Na parte do debate em que os candidatos responderam perguntas de jornalistas, Marçal foi perguntado sobre a declaração em que ele disse que seria preciso ser um “idiota” para vencer o processo eleitoral. Ele disse que há parcialidade e “idiotice” na imprensa e fez ataques à mídia.

— Quando os (oponentes) me atacam, me xingam, dizem que mudaram a estratégia. Vocês tratam as pessoas como idiotas. As pessoas na rua falam para mim: “você falam que a gente pensa” — resumiu.

Veja os can

*Com informações de O Globo

Leia também

Confira a agenda de debates de candidatos para prefeitura de São Paulo

Eleições 2024: Quem são os candidatos à prefeitura de São Paulo