De 15 ruas perigosas, seis terão lombadas eletrônicas em Blumenau

Dentre as 15 ruas que mais tiveram acidentes em 2013, seis receberão lombadas eletrônicas. Essas 15 vias concentraram 45% dos acidentes e mais da metade das mortes no trânsito de Blumenau em 2013. Ao todo o Seterb pretende instalar 21 dispositivos eletrônicos em 12 ruas de Blumenau até o fim do primeiro semestre de 2014. Os critérios que definiram os pontos de instalação foram números de acidentes, velocidade da via e possibilidade de colisões, segundo o diretor-presidente do Seterb, Sérgio Ricardo Chisté.

– Tivemos que definir pontos das lombadas e fazer um cronograma baseado nas vias em que a velocidade é maior. Há pontos com grande risco de um acidente com morte. Não vamos esperar morrer alguém neste ponto para fazer algo – justifica Chisté, reforçando que altos índices de acidentes nem sempre estão relacionados à pressa que as lombadas podem evitar.

Mesmo somando 536 acidentes e 10% das mortes de trânsito na cidade, ruas como a Francisco Vahldieck, a Engenheiro Udo Deeke, a General Osório e a Itajaí não terão redutores fixos de velocidade. A Rua Gustavo Zimmermann, que teve cinco mortes – campeã em vítimas fatais, junto com a Rua Bahia que também registrou cinco mortes – e 94 acidentes, receberá os equipamentos apenas na última etapa, anunciada para abril deste ano.

Morador da Rua Gustavo Zimmermann, na Itoupava Central, William Oldenburg, 25 anos, acredita que a via deveria ser uma das primeiras a receber os equipamentos pelas curvas e pela velocidade que os carros passam por ali. Oldenburg, que pedala os três quilômetros entre a casa e o trabalho como despachante de cargas na SC-108, conta que evita circulam pela Rua Gustavo Zimmermann:

– Optei pela bike pela comodidade, mas geralmente passo pela rodovia. Sinto-me inseguro pedalando por aqui, os carros correm muito, tem curvas perigosas e não há indicação de limite de velocidade.

A auxiliar de produção Alice Cardoso, 22 anos, caminha pela margem da Gustavo Zimmermann por 40 minutos todos os dias para ir e voltar ao trabalho. Para ela, o tráfego ali se assemelha a uma rodovia pela velocidade que os carros aplicam. Sérgio Ricardo Chisté alega que o número de mortes na Gustavo Zimmermann está relacionado à imprudência de quem trafega por ali. Chisté ainda detalha que os locais de instalação das lombadas podem sofrer alterações.