A região de Criciúma está no topo da lista com a taxa mais alta de homicídios registrada em Santa Catarina. Proporcionalmente, pelo número de habitantes, é a cidade mais violenta do Estado. Os números deste ano comprovam: foram 80 assassinatos na região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera, contra 60 registrados em 2014.
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Só em Criciúma, eram 54 até sexta-feira. A Organização das Nações Unidas (ONU) considera violência epidêmica quando o número de assassinatos é de 10 pra cada 100 mil pessoas Criciúma já tem mais de 20 mortes pra cada 100 mil pessoas.
A morte da médica Mirela Macarini Peruchi, em abril, vítima de latrocínio, levou a comunidade às ruas para pedir por mais segurança. Um mês depois, a cidade recebeu reforço de policiais de outros municípios em um trabalho que durou cerca de um mês.
A operação Criciúma Segura trouxe a sensação de tranquilidade aos moradores. Foram 25 dias sem nenhum assassinato, mas quando o reforço foi embora, os crimes voltaram a acontecer. Não muito diferente do restante do país, as autoridades da região têm o desafio de trabalhar na prevenção, no combate ao tráfico de drogas e na ressocialização de adolescentes.
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De acordo com o delegado regional, Jorge Koch, a droga é a principal causa das mortes neste ano. A baixa de delegados também preocupa, pois prejudica as investigações.
Neste ano, a Justiça interditou o Presídio de Araranguá e o Presídio Santa Augusta, de Criciúma. É muita gente pra pouco espaço. Com isso, as celas das delegacias acabaram tendo que receber presos por mais tempo. A solução para o problema é ter novas vagas. Na unidade em Criciúma mais 450 vagas serão criadas com a ampliação do Presídio Santa Augusta.