Desde as primeiras edições do Diário Catarinense, quando tinha apenas nove anos e já começava a conquistar prêmios de relevância, Gustavo Kuerten recorta fotos do principal jornal de Santa Catarina. São 35 anos construindo uma carreira de destaque, que rendeu capas e reportagens que contam essa trajetória e que a mãe, Dona Alice, guarda com carinho:
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– Sempre guardei. Para nós, são muito especiais todas essas capas, reportagens, tudo isso desde que saiu a primeira foto do Guga no jornal. Hoje, a maioria está exposta no pequeno acervo do escritório, no Instituto Guga Kuerten – comenta Alice Kuerten.
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São diversos os feitos do tenista que foram registrados em páginas impressas, e que hoje também ocupam os espaços digitais. Na pátria das chuteiras, com as sessões de esportes historicamente preenchidas por símbolos do futebol, o catarinense se tornou ídolo nacional com as conquistas nas quadras do mundo.
– Receber o carinho, o afeto e a torcida das pessoas, na época, era muito empolgante, inspiracional, e, ainda hoje, se mistura com o cotidiano, serve como estímulo para continuar. Ser um representante de Santa Catarina, acredito que é uma vocação que recebi e que o esporte tem a capacidade de potencializar ao extremo – diz Guga.
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Entre os destaques dos campeonatos vencidos, como o inesquecível Roland Garros de 1997, em Paris (e que se repetiu por três vezes na trajetória do tenista), muitas foram as opiniões dirigidas à carreira e à personalidade do manezinho. De elogios à performance nas quadras e às façanhas fora delas, Guga também recebeu títulos inesperados, como o de “labrador humano”, apelido que recebeu durante as Olimpíadas de 2016, devido ao humor inabalável.
– O Guga foi uma pessoa muito reverenciada pela própria imprensa. Muito lembrando, elogiado… Teve crítica, claro, nem todos pensam igual. Mas são olhares críticos que a gente não pode condenar – relembra a mãe de Guga.
Não é só nas quadras que ele inspira. Além dos títulos que conquistou, ele se dedica a projetos sociais que disseminam a cultura do esporte. Entre as iniciativas, a Escola Guga de Tênis tem atuação na formação e desenvolvimento de novos atletas. Já o Instituto Guga Kuerten dá sequência ao legado de voluntariado, que toda a família se propõe a fazer, inspirado naquilo que Guga diz vivenciar em Santa Catarina, ao recordar momentos de superação, de volta por cima e seguir em frente do povo catarinense.
– O catarinense tem uma incrível capacidade de se reerguer e superar desafios. Cresci dessa forma observando esse comportamento e isso me dava muita inspiração e confiança de que os meus sonhos poderiam ser alcançados. O fundamental é manter essa chama acesa, de acreditar que é possível sim, fazendo coisas boas, gerando oportunidades – descreve o ex-atleta.
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Os sentimentos expostos pelo esportista refletem em orgulho na mãe coruja, que esteve ao lado do filho em todas as conquistas, celebrando nas arquibancadas ou incentivando em casa.
– Hoje, com todo esse legado que o Guga vem deixando, com as escolas e o Instituto Guga, tudo que foi criado em cima da trajetória dele, das vitórias e derrotas, é uma história de vida pra gente. Tenho um sentimento de gratidão, por poder ter passado por todos esses momentos ao lado dele. Uma eterna gratidão – celebra Dona Alice.
Por fim, Guga deixa uma mensagem, que quer ver nas páginas do jornal que já imprimiu tantos começos e recomeços da trajetória. Uma lembrança para o futuro, que será relida por quem se inspira nessa carreira de destaque:
– A minha vontade é que as novas gerações continuem a perceber a beleza, o encanto, e o potencial que nós temos aqui, bem próximo de cada um, dentro do nosso Estado, alimentando esses potenciais para servir de motivação de busca dos desejos, desafios, do sonho de cada um.
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