A cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos ingleses foi precisamente isso: rock’n’roll puro e nem sempre duro, uma ópera de rock encenada para 80 mil pessoas no mesmo chão do Estádio Olímpico em que correram Usain Bolt e Jess Ennis, as duas maiores estrelas da Olimpíada, ao lado de Michael Phelps, que deu braçadas não longe dali.
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A diferença é que, nesta ópera gigantesca, a plateia também participou. A atuação do público começou desde o começo, quando todos contaram juntos as batidas do Big Ben que marcaria nove horas da noite e decretaria o início da cerimônia:
– One! Two!…
O nine foi uma ovação.
E foi do meio da plateia, entre as cadeiras, de surpresa, foi de lá que saíram os atletas que disputaram os jogos, muitos deles com as medalhas conquistadas penduradas no pescoço, recebendo os cumprimentos da multidão, sorrindo, tocando com as mãos nas mãos que os aplaudiram durante 15 dias, tudo isso ao som de bandas britânicas como o Pet Shop Boys e o Madness.
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Também foi do meio do povo que saíram os medalhistas da maratona, dois quenianos e campeão, um ugandês, Stephen Kiprotich, que vive no Quênia e treina no Quênia. Uma consagração esportiva, que, afinal, a festa era do esporte.
E depois, Beatles, Queen e um vídeo de John Lennon cantando Imagine, que o público acompanhou cantando também. Por fim, surgiu George Michael gritando freedon, freedon, e todos gritaram junto, e Kaiser Chiefs cantando The Who, e David Bowie, e Annie Lennox, e as Spice Girls, e Liam Gallagher (cantando o sucesso do Oasis), e Brian May, e a plateia sempre acompanhando e batendo palmas para marcar We will, we will, rock you.
Rock’n’Roll. Londres é rock’n’roll.
Mas, no fim, bandeira olímpica foi para as mãos do prefeito do Rio, Eduardo Paes, Hino Nacional Brasileiro ecoou nos céus de Londres. E o samba começou a tocar na Velha Álbion.
Samba.
O Rio de Janeiro fará a Olimpíada de 2016. E o Rio é samba.