O Primeiro-ministro britânico, David Cameron, expressou nesta sexta-feira sua divergência “respeitosa” para com o papa Francisco sobre as ilhas Malvinas, o arquipélago em disputa entre Londres e Buenos Aires.
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“Não estou de acordo”, disse Cameron no final de uma reunião de dirigentes europeus em Bruxelas. “Não estou de acordo respeitosamente, claro”, esclareceu.
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Após a eleição do Papa, jornais como o The Times e o The Sun publicaram comentários feitos em 2011 pelo agora papa Francisco nos quais declarava que as ilhas disputadas eram argentinas.
Os habitantes das Ilhas Malvinas, chamadas Falkland pelo Reino Unido, votaram a favor de continuar como território ultramar britânico em um referendo destinado a lançar um sinal à Argentina, que ignorou o resultado.
A posição a favor de que as ilhas continuem sendo território de ultramar da Grã-Bretanha obteve 99,8% dos votos, com somente três contra, em um referendo do qual participaram 92% dos 1.672 eleitores da ilha, entre domingo e segunda-feira.
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Após a divulgação dos resultados, a presidente argentina Cristina Kirchner disse que o referendo era uma piada.
O governo argentino teria classificado o referendo de ilegal e carente de sustento jurídico por considerar que a população das Ilhas Malvinas é implantada desde a ocupação em 1833 dessas ilhas do Atlântico Sul por parte do Reino Unido.
A Argentina reclama por via diplomática a soberania sobre o arquipélago austral, desde que em 1982 perdeu uma guerra com o Reino Unido com um saldo de 649 argentinos e 255 britânicos mortos.
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Mas o Reino Unido diz que os habitantes da ilha têm o direito de autodeterminação e que deveriam participar das negociações.