Depois de meio século de poder absoluto de Fidel Castro, seu irmão Raúl, que o substituiu em 2006, tentou reformar gradualmente o modelo econômico cubano na última década, preservando “as conquistas do socialismo”.
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– Fidel Castro sai de cena –
– Julho de 2006: Uma repentina crise de saúde obriga Fidel Castro a delegar o poder ao seu irmão mais novo, Raúl, número dois do regime e ministro das Forças Armadas desde 1959.
– Agosto de 2006: Raúl Castro oferece normalizar as relações com os Estados Unidos “em um plano de igualdade”. Cuba e Estados Unidos romperam relações diplomáticas em 1961 e o embargo econômico, imposto à ilha um ano depois, ainda está em vigor.
– Fevereiro de 2008: Raúl Castro assume formalmente a presidência.
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– Primeiras reformas –
– Julho de 2008: Um decreto autoriza os agricultores particulares a receberem terras ociosas em usufruto. O setor agrícola é declarado “estratégico”, com o objetivo de reduzir as importações.
– Maio de 2009: Havana aceita reabrir as negociações com Washington sobre imigração e correio postal direto, depois que Barack Obama levanta restrições sobre o envio de remessas de cubano-americanos à ilha.
– Julho de 2010: O governo autoriza a libertação de presos políticos após a mediação da Igreja católica. Um total de 130 são soltos e a maioria vai para o exílio na Espanha.
– Outubro de 2010: O trabalho privado se amplia a 181 ofícios.
– Abertura econômica e política –
– Abril de 2011: Raúl Castro assume todo o poder substituindo Fidel, que renuncia à direção do Partido Comunista Cubano (PCC).
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O Sexto Congresso do PCC aprova 300 medidas relacionadas à abertura do setor privado, a redução de empregos no setor estatal, a autogestão das empresas públicas e a descentralização do aparato estatal. Também autoriza a compra e venda de casas e automóveis.
– Janeiro de 2013: É eliminado o “visto de saída” para viajar ao exterior.
– Fevereiro de 2013: Raúl Castro é reeleito para um último mandato presidencial de cinco anos. O posto de número dois é ocupado, pela primeira vez em meio século, por uma pessoa que não participou da revolução de 1959: Miguel Díaz-Canel, nascido em 1960 e chamado a suceder os Castro.
– Março de 2014: Cuba aceita uma proposta de diálogo da União Europeia (UE), que abre caminho para a normalização das relações com o bloco, suspensas em 2003 após uma onda repressiva contra a oposição.
– Julho de 2014: Vladimir Putin anula 90% da dívida de 31,7 bilhões de dólares contraída por Cuba com a antiga URSS.
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– Aproximação histórica –
– 17 de dezembro de 2014: Anúncio histórico de aproximação com os Estados Unidos.
– 15 de janeiro de 2015: Estados Unidos decidem facilitar as viagens e o comércio com Cuba, nos limites das prerrogativas de Barack Obama, para atenuar o efeito do embargo.
– 29 de maio de 2015: Washington retira Cuba de sua lista negra de países que “patrocinam o terrorismo”.
– 20 de julho de 2015: Cuba e Estados Unidos restabelecem relações diplomáticas e reabrem suas embaixadas.
– 26 de setembro de 2015: Raúl Castro exige o levantamento do embargo, em seu primeiro discurso nas Nações Unidas.
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– 1º de fevereiro de 2016: É recebido na França em visita de Estado – a primeira de um líder cubano em 21 anos – que consagra a normalização de relações com a Europa.
– 20 de março de 2016: Visita histórica a Havana de Barack Obama, primeiro presidente dos Estados Unidos a pisar em Cuba depois da revolução de 1959.
* AFP