Fixado em 7,9% para 2013, o índice nacional de reajuste salarial virou um desafio para o governo do Estado. E duas questões ainda indefinidas são as mais que mais preocupam o secretário de Educação, Eduardo Deschamps. A primeira é quando conseguirá ser pago: se ainda no fim deste mês, como esperam os professores, ou apenas em fevereiro.

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Outro problema é a forma como o governo irá lidar com a descompressão da tabela de pagamento, uma das principais aspirações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) – já que, com o reajuste, os salários de quem tem apenas magistério e de quem tem graduação irão se igualar.

Em reunião desde a semana passada, Deschamps, e o titular da Coordenadoria Executiva de Negociação e Relações do Estado de Santa Catarina (Coner), Décio Vargas, tentam avaliar a melhor forma de chegar a um consenso. A previsão é de que, na semana que vem, o projeto esteja encerrado e a primeira proposta seja feita ao Sinte.

– Ainda estamos em negociação. Estamos avaliando diversas diretrizes, como, por exemplo, a própria descompressão do salário.

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De acordo com a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Alvete Bedin, a posição do governo deve servir como estopim para uma nova greve. Ela lembra que a pauta da descompactação da tabela foi motivo de mobilização da categoria em 2011 e 2012 e que, de lá para cá, nenhuma mudança foi feita.

Para o sindicato, o reajuste deve ser o mesmo para todas as categorias. No ano passado, o aumento para quem recebia mais do que o piso foi de 8%, mesmo percentual aplicado para todo o funcionalismo público do Estado.

– O governo está achatando a tabela e desvalorizando o profissional da educação. A categoria não vai admitir isso, estamos sendo enrolados há um ano e meio. Sem uma atitude do governo certamente a nossa Assembleia Geral, que todos os anos é realizada no final de março, deve ser antecipada – diz.

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Nesta terça-feira, o secretário passou o dia em reuniões e não atendeu a imprensa.