Há pelo menos dois meses o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está operando com apenas duas das seis ambulâncias em Joinville. Parte da frota está parada porque a Secretaria de Saúde está sem oficina licitada para fazer os consertos e a manutenção das viaturas desde dezembro do ano passado.
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Para acelerar a volta das ambulâncias as ruas, a Secretaria de Saúde contratou, via dispensa de licitação, uma oficina mecânica para fazer os consertos. Duas das ambulâncias estragadas estão sendo consertadas por uma mecânica na avenida Santa Catarina, zona Sul.
As viaturas apresentam problemas no motor, freios, câmbio, superaquecimento e vazamento de óleo. Conforme a Prefeitura, elas devem voltar a rodar em cinco dias.
Em paralelo à ação emergencial, a Secretaria de Administração deve lançar ainda nesta semana o edital de licitação para a empresa que será responsável por realizar a manutenção das viaturas. De acordo com a Prefeitura, o vencedor da concorrência deve ser conhecido dentro de dez a 15 dias.
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Funcionários do Samu, que preferem não se identificar, denunciam que a ambulância nova – Ford Ranger – doada ao órgão pela Secretaria de Saúde e o Ministério da Saúde vem sendo utilizada desde o fim do ano passado, mas já chegou sem sirene.
Os funcionários reclamam também da falta de abrigos para as ambulâncias na base do órgão, que fica na avenida Max Colin. Segundo eles, é comum a perda de medicamentos por conta do calor, já que as viaturas ficam expostas ao sol, sem nenhuma proteção.
Além disso, no local também não há espaço para os veículos serem devidamente manobrados e estacionados de frente, que é o correto. Dessa forma, é comum os motoristas terem de fazer a volta na avenida, que é bastante movimentada ao longo do dia, o que expõem as ambulâncias a risco de acidentes.
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Na última sexta-feira, um médico que trabalha no Samu relatou que o serviço estava operando com apenas uma ambulância. O órgão pediu reforço ao Estado, que emprestou uma UTI móvel para dar suporte ao atendimento no município, mas, ainda assim, o Samu trabalhou com a metade da capacidade. Já que das seis ambulâncias, duas são reservas e quatro devem estar na ativa.
Além da falta de manutenção, a Prefeitura também atribui os constantes problemas mecânicos dos veículos ao fato de eles serem usados quase que ininterruptamente na prestação de atendimentos.