Uma avaliação feita pelo Corpo de Bombeiros Militares após a fumaça química ser controlada em São Francisco do Sul mostra que das cerca de 2,5 mil empresas cadastradas na prefeitura, 1.556 de pequeno, médio e grande porte passaram por vistoria da equipe técnica desde o início do ano.
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Deste total, 54 estabelecimentos – todos com mais de 750 metros quadrados ou acima de quatro pavimentos ou ainda onde aconteçam reuniões de público – assinaram um termo de compromisso com a corporação, se comprometendo a apresentar plano de prevenção contra incêndio num prazo máximo que se estenderia até a próxima requisição do alvará de funcionamento.
De acordo com os Bombeiros Militares, a Global Logística, onde aconteceu o incêndio, não está incluída entre as empresas vistoriadas nem entre as que firmaram o termo de compromisso. O parecer técnico da corporação serve como pré-requisito para a emissão do alvará de funcionamento dos estabelecimentos desde março, quando os Militares firmaram um convênio com a prefeitura.
– As empresas que não atendiam os requisitos dos Bombeiros Militares ganharam tempo para a regularização porque não ofereciam risco iminente de incêndio. Acredito que desde março a prefeitura não tenha liberado alvarás sem os atestados de vistoria, havia um empenho pela regularização – diz o sargento Jurandir de Andrade.
Em entrevista coletiva, o prefeito Luiz Robeto de Oliveira afirmou que a Global Logística tinha o alvará necessário para funcionar, mas não detalhou como foi feito o processo de liberação, nem em que data. A empresa também garante ter os documentos, mas até esta sexta-feira não os havia apresentado à imprensa.
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Responsável pelo inquérito policial, o delegado Leandro Lopes, deve receber os comprovantes na semana que vem – quando também deverão ser ouvidos os responsáveis pela empresa. Na manhã desta sexta-feira foram coletados depoimentos de funcionários da Global Logística.