A safra de melancia terá quebra de 20% no Oeste de Santa Catarina. Pelo menos essa é a estimativa da Epagri em Caxambu do Sul, que é reconhecida pela Assembleia Legislativa como a Capital Catarinense da Melancia.
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De acordo com Everton Pizzi, funcionário da Epagri local, a produção deve ficar próximo de 25 toneladas por hectare, contra 30 toneladas no ano passado. São 150 hectares destinados à cultura no município. A maior parte da produção é vendida na região Oeste mesmo, em Chapecó e São Miguel do Oeste, por exemplo.
O agricultor Carlos Miotto, por exemplo, terá uma quebra ainda maior.
– Vai dar metade do que no ano passado, deu muita chuva em outubro e novembro e perdemos alguns pés pois deu muita doença por causa da umidade – explicou Miotto.
Ele normalmente planta dois dos 14 hectares com melancia e utiliza o restante da propriedade para pastagem e produção de leite. No ano passado colheu 60 toneladas da fruta. Neste ano vai colher 30 toneladas. As melancias maiores ele vende a R$ 0,55 a R$ 0,60 e, nas menores, tem que dar um desconto. Ele calcula que vai faturar R$ 15 mil nesta safra, sendo que vai sobrar uns R$ 8 mil tirando o custo.
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– É uma renda extra que a gente tem todo o ano mas neste ano só vai dar para pagar algumas contas, não vai sobrar para guardar – explicou.
No município vizinho de Planalto Alegre, que é outro grande produtor do Estado, a quebra será um pouco menor, segundo a secretária de Agricultura, Lucélia Hans.
– A safra vai ser menor em virtude de problemas climáticos que afetaram a floração e polinização, também tivemos granizo em algumas lavouras, mas a quebra deve ser em torno de 10% – avaliou.
Em Planalto Alegre são 50 hectares cultivados com melancia, sendo que a produção é estimada em 1,5 mil toneladas. De acordo com a secretária a safra ajuda a movimentar a economia do município, embora boa parte seja vendida informalmente, em bancas nas margens da rodovia SC 283.
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