A greve nacional dos auditores fiscais está alterando a rotina na fronteira de Santa Catarina com a Argentina, onde mais de 200 caminhões estão na vila para entrar ou sair do país vizinho. Acontece que os cinco auditores federais que trabalham no local entraram em greve desde o início do mês.
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– Estamos mantendo o que determina a lei, que é de atendimento de 30%, tomamos essa medida pois não foi cumprido o acordo salarial de março de 2016 – afirmou o auditor fiscal Fernando Correa.
O pátio da Aduana, que tem espaço para 137 caminhões, está lotado. No lado brasileiro são mais 40 caminhões fora do pátio e, no lado argentino, o dobro disso. Para piorar houve o feriado desta quarta-feira no Brasil e, há feriado na sexta-feira e segunda-feira na Argentina. Com isso os caminhões demoram cerca de uma semana para serem liberados. Claro que cargas perecíveis tem preferência.
De acordo com o inspetor-chefe da Receita Federal em Dionísio Cerqueira, Valter Solon Durigon, o movimento de caminhões, que é de 1,4 mil por mês, teve queda de cerca de 15% desde o início do mês.
-A mobilização está interferindo diretamente no movimento da aduana, há uma certa demora no desembaraço das cargas e isso também gera uma redução no movimento, nossa aduana é limitada e com a mobilização há mais filas, mais caminhões e isso está causando um transtorno – afirmou Durigon.
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Os caminhões ficando mais tempo na fila atrasam o retorno dos motoristas para casa e também geram mais custos para as empresas, além de atraso nas entregas das encomendas.