Esportes, lazer, economia, política. O “A Notícia” sempre busca trazer informações sobre assuntos tão plurais quanto o cotidiano dos nossos leitores. A forma mais fácil de refletir essa missão é por meio dos nossos colunistas. Por isso, nesta reta final das eleições de Joinville, convocamos o time que está diariamente com você para fazer aquela última pergunta aos candidatos e, quem sabe, ajudar a tirar alguma dúvida ou garantir mais um compromisso do futuro prefeito com a cidade.

Continua depois da publicidade

Confira mais matérias sobre eleições

Adri Buch – Como serão mantidas e melhoradas as áreas de lazer, como praças, dos bairros?

Darci de Matos – Vamos desenvolver mais lazer nos bairros em parceria com as associações de moradores e a iniciativa privada. Vamos estimular a adoção de praças em parceria com as empresas e comércios da nossa cidade, mas também vamos criar nas praças maiores, como já existem em várias cidades, modelos de quiosques-padrão que serão licitados para concessionários em troca de contrapartidas, como a manutenção de banheiros públicos e até mesmo da jardinagem das praças.

Claudio Loetz – Na campanha eleitoral, o senhor fez várias promessas de obras que exigem recursos inexistentes. A Prefeitura tem receita praticamente comprometida com despesas obrigatórias. O Estado reclama de penúria financeira para fazer investimentos. E Brasília não olha para Joinville e restringe gastos. Como pretende viabilizar a legalização de 35 mil lotes?

Continua depois da publicidade

Darci de Matos – Não é correto afirmar que nossas propostas não têm condições de financiamento. A Prefeitura de Joinville hoje compromete recursos em excesso por falta de boa gestão. Na regularização fundiária, compromisso do nosso governo, a lei 11.977 de 2009 garante que o processo não implica custos para o município, que, a exemplo do que fez Guaramirim, precisará se encarregar apenas do levantamento topográfico das áreas, o que pode ser feito com pessoal e recursos técnicos já disponíveis na Prefeitura.

Edenilson Leandro – O governo do Estado, que é do seu partido, é cobrado para investir mais em Joinville em um efeito natural pelo tamanho e a importância da cidade, e estes investimentos normalmente não atendem à expectativa. O que muda de imediato nesta relação em caso de o senhor assumir a Prefeitura e qual é a garantia de que o olhar do Estado será mesmo mais generoso?

Darci de Matos – É certo que nosso diálogo com o governador vai abrir muitas novas oportunidades para Joinville. Vamos alavancar novos investimentos e também não deixar escapar os recursos disponibilizados pelo governo que têm sido perdidos por incapacidade administrativa, às vezes pela falta de simples certidões que a Prefeitura não consegue apresentar. Vamos formar uma equipe competente e dedicada à criação e acompanhamento dos projetos, para obter obter novos recursos e transformá-los em realizações concretas.

Elton Carvalho – Como a Prefeitura pode tornar a Arena um espaço de uso para a comunidade sem depender dos jogos do JEC? É possível criar outras opções de lazer e serviços, conforme era previsto no projeto inicial?

Continua depois da publicidade

Darci de Matos – Com toda certeza, é possível. A Arena é um espaço que pertence ao município e por extensão, a todos os joinvilenses. E essa é visão de apropriação do espaço pelas pessoas das mais diversas maneiras o que deve nortear o direcionamento do seu uso. Entre outras ideias, nosso plano prevê utilizar a parte de baixo da Arena para a implantação de um centro de convivência para os idosos, a exemplo do que acontece em diversas outras instalações semelhantes dentro e fora do Brasil.

Jefferson Saavedra – Em que ano a usina de asfalto entra em operação? Qual é o custo da usina?

Darci de Matos – Essa será uma realização fundamental para Joinville, porque estamos muito atrasados em termos de pavimentação. Vamos colocar a usina em funcionamento ainda em 2017, iniciando o planejamento do processo de implantação e encaminhando o licenciamento ambiental prévio logo no início do nosso mandato. O investimento para a implantação da usina é de R$ 4 milhões e poderia ser captado via BNDES, mas isso não será preciso porque este valor já foi assegurado pelo próprio governador Raimundo Colombo.

Moacir Pereira – Com o agravamento da crise econômica e a queda da receita municipal, como o senhor pretende administrar a cidade? Aumentar impostos municipais pode ser a solução emergencial? Ou enxugar a máquina pública e extinguir cargos comissionados?

Darci de Matos – Além da redução de despesas, vamos buscar o aumento das receitas do município com ações que não sacrifiquem os contribuintes. Em alguns casos, é preciso até reduzir impostos, como o ISS para realização de eventos, que queremos baixar de 5% para 3% para disputar de igual para igual com Florianópolis. Vamos cobrar de quem deve para a Prefeitura, a dívida já chega a R$ 1 bilhão, e a cidade precisa dos recursos. Vamos destravar a cidade, abrir empresas mais rapidamente e recuperar nossa competitividade.

Continua depois da publicidade