O Porto de Itajaí, maior terminal de carga de congelados do país e segundo em movimentação de contâineres, está com suas atividades paralisadas devido às enchentes em Santa Catarina. De acordo com o superintendente do porto, Arnaldo Schmitt Junior, os custos diários com a paralisação são de US$ 35 milhões em média, já que o terminal movimenta em torno de US$ 1 bilhão por mês.
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Tentando evitar maiores perdas, parte do terminal poderá entrar em operação em duas semanas. De acordo com o superintendente, a velocidade das águas foi muito grande, arrancando parte da área de atracação e levando todo concreto para o canal de navegação das embarcações.
– As águas movimentaram o leito do rio de tal maneira que o canal por onde passa os navios ficou disforme. Não sabemos a profundidade que tem agora esse canal. Uma batimetria (medição do canal de navegação) deve ficar pronta hoje – disse Arnaldo.
O superintendente do Porto de Itajaí explicou que a rapidez na liberação dos recursos está sendo fundamental para a recuperação do porto.
– Por questão de justiça, tenho de ressaltar a medida provisória número 448 que prevê um montante de R$ 350 milhões para as obras de emergência no Porto de Itajaí – disse.
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Para o terminal voltar a operar, segundo o superintendente, o cais tem de estar em condições de receber os navios.
– Vamos tentar nos próximos dias colocar em operação dois berços (cais), os que foram menos avariados. Um deles, o berço zero, nunca foi usado, estava em construção. Entretanto, mesmo com essas obras, para o porto funcionar o rio terá de ser dragado. O porto não volta de imediato com 100% de sua capacidade, mas vamos tentar pelo menos 80% – estimou.