Há três rodadas entrando como titular, mas ainda sem aguentar os 90 minutos de jogo, Daniel Carvalho aos poucos vai aparecendo no Criciúma. Depois das dúvidas levantadas por sua estreia tardia em campo, e as três lesões em seis meses no clube, ele vem melhorando, mas ainda não correspondeu às expectativas do torcedor. Consciente de não ter apresentado toda sua qualidade técnica nas últimas atuações, o meia garante estar trabalhando para ajudar o time.
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– É complicado a gente conseguir colocar em prática tudo que a gente sabe quando se está num momento só de derrota, que o torcedor não está contente, a torcida cobra, a imprensa cobra. Então é difícil, são poucos os que conseguem manter o nível de qualidade. Acho que a partir do momento que a equipe crescer, individualmente todo mundo vai crescer, todo mundo vai aparecer. Sem dúvida nenhuma eu vou tentar fazer o melhor pra gente começar a vencer os próximos jogos – promete.
Mesmo há sete jogos sem vencer e amargando no Z-4, o atleta acredita que há esperanças para que o Criciúma permaneça na Série A. Como exemplo, ele aponta a atuação do Fluminense em 2009, que tinha 16 pontos após a 21ª rodada e dividia a lanterna com o Sport. O time carioca reagiu e conquistou 30 dos 51 pontos que disputou em seguida e conseguiu terminar o campeonato em 16º.
– Dá pra sair dessa situação. A gente viu o Fluminense, alguns anos atrás, que de dez jogos tinha que vencer nove e conseguiu. No futebol tudo é possível. O que a gente tem que fazer é ficar quietinho, trabalhar mais, se esforçar mais, que pra sair dessa situação é só trabalhando. Pelo menos a minha parte não posso dizer que está tudo certo, sendo que a gente já está há algumas rodadas na zona de rebaixamento. Mas tenho esperança que com bastante fé a gente vai sair dessa situação – projeta ele.
Experiente, Daniel lembra que os nove anos distante da elite do futebol nacional trazem uma competição à parte no campeonato para o tricolor do sul catarinense. Ele compara o Criciúma com seu último clube, o Palmeiras, que no ano passado não conseguiu evitar o rebaixamento. A receita, segundo ele, é encarar cada jogo como uma decisão e ficar atento para não viver o mesmo que o time paulista.
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– Não vamos nos enganar, não vamos mentir pra ninguém, dizer que a briga é pela Libertadores. Neste primeiro ano a briga é pela permanência na Série A. A diferença é que o Criciúma tem que encarar todos os jogos como uma final e tentar sair logo dessa situação. A gente sabe que o Palmeiras caiu com a qualidade que tinha no ano passado, então se a gente não abrir o olho aqui, a gente pode acabar indo para o mesmo caminho.
Domingo o Criciúma tem encontro marcado com o Goiás, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. A disputa, que acontece no Estádio Serra Dourada, começa às 18h30min.