O jogador Daniel Alves deu três versões diferentes durante depoimentos às autoridades da Espanha após a acusação de crime sexual. As contradições aconteceram durante a investigação da denúncia feita por uma mulher de 23 anos. O estupro teria acontecido em dezembro, em uma boate de luxo de Barcelona.
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O lateral está preso preventivamente desde sexta-feira (20), sem direto à fiança. Ele nega qualquer tipo de crime, mas apresentou versões divergentes sobre o ocorrido quando foi questionado no interrogatório. As informações são do g1.
De acordo com o jornal “El País” e a TV3, Daniel Alves primeiro mudou a sua versão gravada em um vídeo enviado ao canal “Antena 3” há duas semanas, quando as acusações se tornaram públicas. Ele negou a relação sexual e qualquer encontro com a jovem.
Já em depoimento à juíza que investiga o caso, ele teria informado que estava no banheiro da balada de luxo “Sutton” quando a mulher entrou. Mesmo assim, ele disse que não teve contato algum com ela e que ficou parado, sem saber o que fazer.
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Juíza decreta prisão preventiva e sem direito a fiança para Daniel Alves
Depois, admitiu que fez sexo com a jovem e afirmou que a relação foi consensual. Segundo o “El País”, Alves disse ainda que a mulher foi até ele no banheiro para fazer sexo oral e ainda acrescentou que ele não tinha dito nada sobre isso até então para “protegê-la”.
As contradições e o fato de o lateral não ter um endereço fixo na Espanha teriam motivado a prisão de Daniel Alves. Além disso, a acusação sustentou que, por causa do patrimônio, o jogador poderia alugar ou comprar um avião particular para sair da Espanha sem ter que mostrar o passaporte. O Brasil não tem um acordo de extradição com o país europeu.
O que diz a denúncia
O jornal catalão “La Vanguardia” revelou, na última sexta, que a suposta vítima também prestou um depoimento. De acordo com o jornal, ela disse ter sofrido estupro.
Neste sábado (21), a mulher, que teve sua identidade preservada, afirmou que se recusa a receber indenização financeira, caso o jogador seja condenado.
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A vítima abriu mão do direito a ser indenizada pelas lesões e danos morais sofridos, porque espera que seja feita justiça e que o atleta pague com prisão pelo ocorrido, de acordo com a juíza responsável pelo caso.
Ainda segundo a imprensa espanhola, no depoimento na última sexta, a mulher contou como aconteceu a suposta agressão. Ela afirma que, por volta das 2h da manhã, foi com duas amigas à boate ‘Sutton’ e foi convidada por amigos para entrar na área VIP. O jogador, que estava no local, teria paquerado a jovem de forma inconveniente e também outras mulheres.
Por volta das 4h da madrugada, a suposta vítima teria ido ao banheiro e o jogador teria seguido a jovem. Daniel Alves teria falado coisas em português que ela não entendia e teria agarrado a mão dela e colocado sobre seu pênis. Apesar de ter tentado sair, o lateral teria impedido a mulher.
Alves teria sentado em um vaso sanitário e obrigado a mulher a sentar no colo dele. Ao resistir, ele a teria jogado no chão e a forçado a fazer sexo oral nele. Ele ainda teria agredido a vítima novamente por ter reagido. A jovem relatou que ele a levantou do chão e a penetrou com força até ejacular. Depois, teria dito para ela ficar ali que ele iria sair primeiro do banheiro.
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A reportagem do jornal “El País” afirma que, segundo o relato, o estupro foi muito violento e durou cerca de 15 minutos. O relatório médico alega que a vítima tinha marcas de violência compatíveis com estupro. E, no banheiro, foram encontrados restos de sêmen.
Após o suposto crime, a mulher se queixou com funcionários da boate, que chamaram a polícia. De acordo com a denúncia, quando os policiais chegaram ao local, o brasileiro já havia ido embora.