O primeiro-ministro sírio, Wael al-Halqi, alertou nesta quarta-feira aos países ocidentais que a Síria se transformará em “um cemitério de invasores” no caso de uma intervenção militar.

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– A Síria vai surpreender os agressores como surpreendeu durante a Guerra (israelense-árabe) de Outubro (de 1973) e será o cemitério dos invasores – afirmou o premier, citado pela televisão estatal.

A Guerra de Outubro, ou Guerra do Yom Kippur, foi desencadeada por um ataque surpresa do Egito e da Síria contra Israel, que, depois de dias de dificuldades, conseguiu impor-se ao final de três semanas de sangrentos combates onde foram registrados 2.650 mortos.

Wael al-Halqi também afirmou que os países ocidentais estão inventando pretextos para justificar uma intervenção militar na Síria.

– O primeiro-ministro garante que os países ocidentais, com os Estados Unidos à frente, inventam pretextos fictícios para intervir militarmente na Síria – informou a televisão estatal síria.

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Enquanto isso, o vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Fayçal Meqdad, acusou o Ocidente de encorajar os rebeldes a usar gás sarin em várias ocasiões na Síria.

– Os grupos terroristas (termo utilizado pelo regime para designar os rebeldes) fizeram uso de gás sarin em várias partes do país com o incentivo americano, britânico e francês – declarou a repórteres.

Falando a jornalistas após uma reunião no Four Seasons Hotel em Damasco com a responsável da ONU pelo desarmamento Angela Kane, o ministro sírio advertiu este o país.

– É preciso parar com o incentivo desses países ocidentais, porque ao defenderem os terroristas e adotarem suas palavras, esses grupos vão, em breve, voltar suas armas químicas contra os povos da Europa.

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Kane está em Damasco em companhia de especialistas da ONU que investigam um suposto ataque com armas químicas em 21 de agosto, nas proximidades de Damasco.

Os especialistas da ONU que investigam a utilização de armas químicas na Síria encerraram na tarde de quarta-feira o segundo dia de trabalho, durante o qual visitaram Ghuta oriental, perto de Damasco, um dos locais afetados por gases tóxicos em 21 de agosto.

Os inspetores da ONU iniciaram a missão na segunda-feira, mas na terça-feira não conseguiram trabalhar por problemas de segurança.

O mapa da possível intervenção militar