Atualizada às 22h25min
Andrés D’Alessandro foi formado nas categorias de base do River Plate, um dos clubes mais populares da Argentina. Adaptado a Porto Alegre, renovou contrato até maio de 2015 com o Inter. Ídolo colorado, não pensa em sair do Rio Grande do Sul tão cedo. Mas torcedor confesso do River, disse, em entrevista à Rádio Cooperativa de Buenos Aires – reproduzida pelo diário esportivo Olé nesta segunda-feira -, que o clube “fechou as portas” quando ele se viu obrigado a retornar à Argentina devido a um problema familiar.
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Em sua conta no Twitter (@dale10oficial), no entanto, esta noite, o jogador nega que tenha falado com a rádio ou com o jornal recentemente. E alega que a entrevista foi realizada no meio do ano, sendo publicada novamente pelo Olé nesta segunda.
– Queria dizer e esclarecer que essa nota foi feita na metade do ano e não agora, o Olé a publicou de novo. É mentira que falei ou dei uma nota. Nunca me neguei a nada porque não me chamaram. Por favor, não acreditem em tudo que falem ou digam – escreveu.
Na entrevista, D’Alessandro fala do River Plate e de um retorno que teria sido negado a ele quando teria a intenção de voltar ao clube.
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– Me parece que o River caiu para a segunda divisão porque trabalhou muito mal nos últimos anos. Não gosto muito de falar do River neste momento porque dizem que quem não volta é mal agradecido. Nos tratam como mercenários. Recebo muitas mensagens, leio o que é publicado na internet, e, às vezes, as pessoas não sabem realmente como são as coisas – contou.
– Tinha um problema familiar que me obrigava a retornar à Argentina e não me quiseram. Não posso voltar para onde não me querem – complementou.
O meia do Inter faz referência ao ano de 2008, quando atuava pelo Zaragoza, da Espanha, e teve um problema com o filho. Ele conseguiu retornar para o seu país natal, mas não para o River. A volta ocorreu para o San Lorenzo – também de Buenos Aires. Revelado pelo River, o jogador atuou na Europa também pelo Wolfsburg, da Alemanha, e pelo Portsmouth, da Inglaterra.
– Entendo a torcida, que está magoada por tudo que aconteceu com o River, que não merece estar onde está. Na época, não aconteceu nada para eu voltar. Nasci no clube e me doeu que não me quiseram. Falo de uma época em que muitos jogadore queriam voltar e o clube não abriu as portas. É preciso separar as coisas – lembrou.
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No final, D’Alessandro conceitua a sua situação diferente da de Cavenaghi, que esteve no Inter em 2011 e voltou ao River justamente depois de o clube ser rebaixado para a Série B argentina.
– Ele tinha um ano de contrato na França ainda, então era mais fácil voltar. Eu tenho contrato com o Inter até 2015. Não vão me deixar sair assim, do nada, porque fizeram um investimento muito grande. Mas estou certo de que, em algum momento, vou poder trabalhar com Passarella – finalizou, referindo-se ao atual presidente do River Plate, o ex-jogador e ex-técnico Daniel Passarella.