O Dalai Lama declarou na sexta-feira ser partidário de reformas educacionais que ajudem as futuras gerações de crianças a manter as “mentes sãs”.

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“Com franqueza, nossa geração (tem) poucas esperanças”, declarou, lamentando que o século XXI tenha dado até agora a impressão de ser tão sangrento e cruel quanto o XX.

“Nossa esperança é a geração futura, se começamos já com a educação (…) que nos ensine a criar mentes sãs”, acrescentou, à margem de um encontro em Genebra, sede do Conselho de Direitos Humanos da ONU, juntamente com outros prêmios Nobel da paz.

O Dalai Lama informou que estava participando da elaboração coletiva de um “primeiro esboço” de um programa de estudos mais “holístico”, que deverá estar pronto até o final deste ano.

“A base da natureza humana é compassiva”, assegurou, reforçando a importância das ações concretas para ajudar as pessoas a conservar a empatia que se sente quando se é criança.

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“Sou um monge budista. Minha prática diária inclui rezar”, disse, acrescentando: “sou cético (sobre as possibilidades) da reza para aportar paz ao mundo (…) A paz tem que vir da ação”.

A China considera o Dalai Lama e seus partidários como “separatistas” que querem a independência. No entanto, o líder espiritual tibetano no exílio e ganhador do Nobel assegura que só pede mais autonomia.

“Não estamos buscando uma separação”, assegurou nesta sexta-feira, pedindo a todos os países e povos a defender uma “cultura da paz”.

* AFP