A falta de uma definição do governo do Estado sobre os eventos de turismo em que Santa Catarina estará presente este ano tem incomodado o trade. O assunto dominou as discussões da 4ª edição do Meeting, encontro de debates promovido pelo Beto Carrero World, que reuniu na sexta-feira algumas das principais lideranças catarinenses no setor.

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Sem dinheiro em caixa, a Santur ainda não tem um plano de divulgação para 2016 – e a queixa dos municípios é que, sem saber quais os investimentos do Estado, não conseguem fazer o próprio planejamento. O estande de Santa Catarina na BNT Mercosul, por exemplo, só foi confirmado na quinta-feira, a duas semanas da abertura. A feira, que tem eventos em Itajaí, Balneário Camboriú e Penha, é uma das mais importantes do país e reunirá este ano 7 mil profissionais.

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Uma das principais críticas veio do presidente do Conselho Estadual de Turismo, Ricardo Stodieck:

– O Estado falha na promoção porque não trata como prioridade -, afirmou.

A torneira do turismo secou no Estado no ano passado, quando a Santur deixou de montar estande na Feira Internacional de Turismo da América Latina (FIT), em Buenos Aires, considerada o maior celeiro de negócios para o trade local. Até então o fato do catarinense Vinícius Lummertz estar à frente da Embratur amenizava o problema – as cidades interessadas acabavam se juntando à autarquia nacional e faziam a divulgação do mesmo jeito. Com o desembarque de Lummertz do governo federal, a parceria ficou balançada.

O presidente da Santur, Valdir Walendosky, disse acreditar que a renegociação da dívida do Estado possa melhorar as condições de investimento em divulgação.

Enquanto isso, Balneário Camboriú e Blumenau dão exemplo. A parceria firmada para eventos quando iniciou a crise, no ano passado, deu tão certo que será repetida este ano. Só em Balneário, 35 empresários investiram no programa de promoção conjunta dos destinos.

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Parcerias são defendidas pelo presidente do Beto Carrero World, Rogério Siqueira, que tem encabeçado a luta pela regionalização.

Na sexta-feira ele provocou o trade para que o auxilie na iniciativa de vender pacotes de experiência completa em Santa Catarina, que vão além dos passaportes para o mundo da diversão.

O fato é que o Estado é dono de um potencial ainda inexplorado de oferta de turismo. Nos falta entender que o turista que vem de longe está em busca de um combo que une lazer, compras e cultura. É preciso mostrar a ele que temos o que oferecer.

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