Está em fase final o processo de alfandegamento do píer turístico de transatlânticos de Porto Belo, primeiro no gênero de operação a ser aprovado no país. A expectativa da Fundação Municipal de Turismo é que uma base fixa da Receita Federal e Polícia Federal, com apoio operacional e técnico do Ministério da Agricultura, Antaq e Anvisa, esteja operando já nesta temporada de cruzeiros, que começa na cidade no dia 28 deste mês.
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O alfandegamento permite a nacionalização dos navios, que hoje é feita no Porto de Imbituba para embarcações de turismo que, só então, seguem até Porto Belo. O procedimento demora e nos últimos anos ajudou a reduzir o número de escalas na cidade, que já chegou a receber 48 transatlânticos em uma temporada. No ano passado, foram apenas 10.
Em Porto Belo o navio não chega até a costa, fica ancorado em alto-mar, nas proximidades da Ilha João da Cunha. De lá os passageiros seguem para terra firme em tênderes, pequenas embarcações que garantem emprego para pescadores locais.
Devido a essas características, o alfandegamento tem suas particularidades: vai permitir apenas parada no estilo “day use”, em que os passageiros descem sem a bagagem e podem aproveitar a cidade e a região durante o dia.
A expectativa de nacionalização no píer e contatos com alguns dos principais armadores mundiais quase triplicaram o número de escalas nesta temporada. Serão 29, com desembarque previsto de 80 mil turistas e 30 mil tripulantes.
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Menos escalas
Diferente de Porto Belo, o píer turístico de Itajaí terá este ano uma leve redução no número de escalas. A cidade, que recebeu navios 27 navios na última temporada, tem 22 confirmações a partir de 30 de novembro.
Na verdade, Porto Belo é que vive um caso à parte: a redução nas escalas ocorre em todo o país e é maior a cada ano. O excesso de burocracia e os altos custos de operação têm feitos os operadores desistirem de trazer os navios para a costa brasileira.
De volta
Em ItajaÍ o navio que abre a temporada de cruzeiros é o Empress, da Pullmantur. O transatlântico é o mesmo que, em janeiro, ficou preso no porto por quase dois dias durante o protesto do setor pesqueiro contra a lista de espécies ameaçadas de extinção, que fechou o canal de acesso.
A estadia forçada provocou uma enxurrada de processos judiciais contra o porto e contra os operadores do transatlântico.
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