O relatório do projeto de lei 186/2014, que regulamenta os jogos de azar no Brasil, limitou a instalação de bingos a municípios com mais de 250 mil habitantes – o que deixa de fora Balneário Camboriú, onde a possibilidade de legalização do jogo aguçou o interesse de investidores. Para Santa Catarina, o texto prevê unidades em Florianópolis, Joinville e Blumenau.

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O senador Paulo Bauer (PSDB) apresentou questionamento à proposta, relatada pelo senador Fernando Coelho (PSB-PE) na semana passada, e citou a situação de Balneário, que recebe mais de 1 milhão de visitantes durante a temporada e onde os bingos eram sucesso de público enquanto legalizados:

– Nosso caso é diferente dos demais estados, pois nossos municípios têm população menor, mas estão em grandes áreas conurbadas, como é o caso de Balneário Camboriú, ao lado de Itapema e Itajaí, e da capital, com Palhoça, São José e Biguaçu – argumentou.

Caso se mantenha inalterado o texto, que teve a votação adiada para amanhã, a expectativa será pela autorização para instalação de cassinos, que não têm delimitação populacional de acordo com o projeto de lei. A proposta, entretanto, prioriza a instalação na região Nordeste e em cidades de menor IDH.

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Para o advogado Roberto Brasil Fernandes, de Balneário Camboriú, que representa a Associação Brasileira de Loterias Estaduais, embora não seja considerada prioritária, não há impedimentos para a cidade receber um cassino. Mas isso dependerá de mobilização política e empresarial.

Um dos pontos cotados para receber um grande investimento em cassino é na Barra Sul, que poderá ter um píer para transatlânticos – seria a oportunidade de unir os cruzeiros ao atrativo.