O número de alunos da Univali, uma das principais universidades do Estado, que conseguiu financiamento estudantil pelo Fies reduziu 95% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Avaliações de curso e alterações nos parâmetros para enquadramento no benefício concedido pelo governo federal são os responsáveis pelo impacto.

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Nos primeiros meses do ano passado, 839 estudantes aderiram ao Fies. O número reduziu drasticamente no segundo semestre, quando passaram a valer as novas regras. Nesse processo, a Univali passou a ter direito a 66 alunos inscritos no Fies, mas apenas 42 estudantes conseguiram se enquadrar no programa.

Neste semestre, 35 alunos aderiram ao Fies – praticamente metade do número de benefícios aprovados para a universidade. O principal entrave, de acordo com a professora Márcia Roseli da Costa, gerente de Atenção ao Estudante, é a delimitação de renda máxima per capita de até 2,5 salários mínimos (o equivalente a R$ 2,2 mil) para o candidato ao financiamento. A maioria dos alunos não se encaixa no padrão.

Mas também há outros problemas. O curso de Medicina, por exemplo, teve resultado insatisfatório no Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) e por isso ficou fora do Fies. A universidade tenta recorrer, mas a exclusão do curso da lista dos que estão aptos ao benefício prejudicou alunos.

Em outros casos, o número de vagas no Fies para a região Sul reduziu drasticamente – é o caso de Arquitetura e Urbanismo, que embora tenha conceito 5 no Enade, ficou fora da lista.

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Para tentar evitar a evasão, a Univali firmou parceria com outro programa de crédito universitário, o Fundacred, que permite pagar metade dos custos enquanto o aluno cursa a universidade, e o restante depois. O financiamento é aberto a todos os cursos.