Momentos cruciais do voo MH 370 da Malaysia Airlines podem nunca ser descobertos. A primeira dificuldade é, se confirmada a localização dos destroços do avião, é recuperar a caixa-preta no fundo do mar, em um local remoto e com profundidade de até 5 mil metros. E mesmo que sejam encontradas, há dúvidas se momentos cruciais para entender o que ocorreu para o avião ir para o lado oposto a sua rota estejam registrados. A caixa-preta grava informações sobre a cabine de comando por até duas horas. Depois desse período, as informações são apagadas e novas informações são gravadas por cima.
Continua depois da publicidade
>> Em página especial, leia tudo sobre o avião desaparecido
Como o desvio de rota ocorreu na primeira hora após a decolagem e depois a aeronave voou por mais sete horas, é possível que informações importantes tenham sido perdidas – a menos que o sistema tenha ficado sem energia para continuar gravando.
As buscas por supostos destroços do MH 370 recomeçaram na noite desta quarta-feira (manhã na Austrália) com 11 aviões militares e civis e cinco navios, que correm contra o tempo. A previsão é de que as condições meteorológicas piorem ao longo do dia.
Novas imagens de satélite revelaram mais de 120 objetos que podem ser destroços do Boeing 777-200 que desapareceu em 7 de março (8 de março na Ásia) flutuando em uma área próxima de 400 quilômetros quadrados, condizente com a possível rota que o avião teria feito, segundo cálculos obtidos a partir da análise de sinais emitidos pelo avião e captados por satélite.
Continua depois da publicidade