Em 1982, o JEC era o time a ser batido no Catarinense. A hegemonia no Estado causava desconforto para os grandes da Capital, que a todo custo queriam quebrar o recorde do bicho papão de títulos. Na época, com seis anos de existência, o Joinville já havia conquistado cinco títulos do Estadual. O ex-volante Da Silva perdeu as contas de quantas vezes a equipe tricolor foi recebida com pedradas e gritos de intimidação na entrada dos estádios adversários.

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Francisco Carlos da Silva foi chamado pelo Joinville em 1979. O time apostou no atleta após acompanhar boas exibições do jogador vestindo a camisa do América, ainda na época de infanto-juvenil. Aos 17 anos, ele disputou suas primeiras partidas oficiais com a camisa tricolor, em jogos amistosos realizados com equipes de Curitiba – Colorado e Atlético-PR.

Mas foi em 1982 que sua versatilidade foi premiada pelo técnico Diede Lameiro, que não titubeou em escalar o jovem garoto, então com 18 anos, para suas primeiras partidas no Campeonato Estadual. Aliás foi Lameiro quem definiu o apelido de Da Silva.

– Assim que cheguei ao JEC, o Diede Lameiro perguntou meu nome. Para ele, Francisco não era nome de jogador. A partir desta conversa, passaram a me chamar de Da Silva – conta.

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Sem a habilidade de Nardela, Waldo, Barbieri ou Maringá, Da Silva compensava com a vontade e o excelente preparo físico. Sua capacidade de se adaptar a uma nova função fez com que ele experimentasse jogar em diversas posições dentro das quatro linhas.

– Joguei como lateral-esquerdo, zagueiro, volante, até como terceiro atacante. Funcionava como um curinga, e isso me dava mais chances para estar dentro de campo – ressalta Da Silva.

Da Silva não jogou muito em 1982, mas ele fazia parte do grupo que se sagrou hexacampeão estadual – penta de forma consecutiva. Contra um surpreendente Criciúma, o JEC não deu chances na decisão.

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