A partida contra o River Plate, às 22h de hoje, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana, é um novo marco na recente história de ascensão da Chapecoense. Em 2008, quando o time não figurava nem entre os 100 melhores no ranking nacional e pela primeira vez disputava a Copa do Brasil, torcedores sonhavam em um dia jogar a Copa Libertadores e enfrentar equipes do quilate do adversário argentino desta noite.
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– Naquele tempo a gente só jogava o Catarinense e torcia para ter a Copa Santa Catarina no segundo semestre – lembrou Carlos Miguel Almeida, mais conhecido com Carlinhos, que foi preparador físico do clube entre 1994 e 2000 e, depois de 2006, voltou ao clube com gerente de futebol.
No ano seguinte, a equipe conquistou o acesso para a Série C, entre os 60 melhores do país. Dois anos depois foi tetracampeão catarinense. Em 2012 subiu para a Série B. No ano seguinte veio o vice-campeonato da Série B e o acesso para a Série A.
Partida atrairá atenção do mundo
Em 2015, o clube alcançou o feito de disputar pela primeira vez uma competição internacional, a Copa Sul-Americana. O time catarinense entrou na segunda fase da competição e eliminou a Ponte Preta após empatar por 1 a 1 em Campinas e derrotar o adversário por 3 a 1 na Arena Condá. Depois, encarou o Libertad e obteve a classificação nos pênaltis, após dois empates por 1 a 1.
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Agora está entre os oito melhores da América do Sul e enfrenta o atual vencedor da competição, campeão da Copa Libertadores e que em dezembro vai disputar o Mundial de Clubes, onde medirá forças com o todo poderoso Barcelona.
– É um dos jogos mais importantes da história da Chapecoense – afirmou o presidente do Verdão, Sandro Pallaoro.
O dirigente da equipe avalia que o confronto contra um dos favoritos ao título mundial vai atrair a atenção de todo o mundo, projetando internacionalmente o nome da agremiação catarinense.
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O gerente de Futebol Carlos Miguel Almeida, que está fazendo um curso de gestão do futebol no Rio de Janeiro, disse que o desempenho da Chapecoense vem despertando a curiosidade de todos.
– Os taxistas do Rio perguntam que time é esse que vem aprontando para cima dos grandes clubes do país – lembrou Carlinhos.
Os dirigentes só esperam que este seja o primeiro de muitos confrontos internacionais da Chapecoense. E, apesar de reconhecerem o favoritismo do adversário argentino, acreditam que é possível buscar a classificação em casa. Para isso, creem ser importante um bom resultado na Argentina.
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– Temos que sair vivos de lá – comentou Pallaoro.
Para esta partida, o técnico Guto Ferreira não poderá contar com o zagueiro William Thiego e o volante Wanderson, suspensos por terem sido expulsos contra o Libertad. Mas o treinador terá a volta do goleiro Danilo e do zagueiro Neto, que não atuaram contra o Grêmio, pelo Brasileiro, também por suspensão.
FICHA TÉCNICA
RIVER PLATE
Barovero; Mercado, Maidana, Balanta, Casco; Sánchez, Kranevitter, Martínez, Pisculichi, Mora; Driussi e Viudez
Técnico: Marcelo Gallardo
CHAPECOENSE
Danilo; Apodi, Neto, Vilson, Dener; Elicarlos, Cleber Santana, Camilo; William Barbio, Túlio de Melo e Maranhão
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Técnico: Guto Ferreira
Arbitragem: Jonathan Fuentes, auxiliado por Mauricio Espinosa e Richard Trinidad (trio do Uruguai)
Horário: 22h
Local: Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires