2016 trouxe consigo uma intensidade incrível. Este ano revelou uma série de sentimentos, revirou nossas certezas e nos fez questionar sobre o que realmente importa.
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Ao mesmo tempo, aprendemos uma lição: fomos obrigados a abandonar o que já não interessava, mudamos nossas escolhas ou as fidelizamos ainda mais. Tivemos de reforçar nossa missão no mundo, para o mundo e para todo mundo.
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Ontem mesmo, eu já não era a mesma, você já não era o mesmo, o Brasil já não era o mesmo. Encontramos nossa bandeira surrada, familiares, clientes, amigos, fornecedores exaustos, estressados, tristes, preocupados, tensionados, um reflexo da necessidade gritante de transformação.
E a mágica começou. Vi estudante de marketing desenvolver panfletos com sua imagem segurando uma vassoura e oferecer seu serviço de faxina para pagar a faculdade (“Cinderela”, o garoto se apresentava com humor para limpar sua casa), vi gente que só era bom de garfo colando a barriga no fogão para fazer marmita e vender (sucesso absoluto!), vi galera superpoderosa encostada perder a cativa e ganhar em troca uma carta de demissão, abrindo espaço para quem realmente precisa. Vi choro, muito choro. Chorei também.
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Pensando melhor, vou corrigir o que disse acima. Eu não vi tudo isso. Eu senti tudo isso. Eu senti grupinhos de desconhecidos pararem no meio da calçada para discutir maneiras de fugir da “crise”; eu senti gente calada e passiva pulsando por mudança nas ruas; eu senti a lágrima quente e incrédula escorrendo no rosto de quem perdeu o emprego e também o joelho de quem perdeu a empresa golpeando o chão. Eu senti sonhos falecerem na garganta. Mas eu senti outros sonhos, antes acovardados, nascerem gritando. Isso foi lindo. Eu senti por ti, por mim e pelo outro.
Eu senti que sem ti eu não sou nada!
Nunca fomos tão o outro. Nunca fomos tão sentimento. Nunca fomos tão Ser Humano. Passamos a olhar mais ao nosso redor, a criar mais comunidades de troca de ideias, a dividir os gastos e os louros em comunidade, fizemos parcerias mil para dar conta do recado. Aprendemos na dura prática a valorizar o mínimo e dar o máximo.
É, amigo, levamos uma bordoada de verdade no último ano. Tivemos de aprender o que realmente importa.
Concluímos juntos, com isso, que o importante é cuidar do nosso maior ativo: o ser humano. O ano reforçou a necessidade de fortalecer a pessoa que você é! Porque eu me fortaleço ao fortalecer você.
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Obrigada pela oportunidade de estarmos juntos em 2016. Nossa aula foi dura, cansativa, um supletivo cheião de notas vermelhas. Vamos nos recuperar.
O sinal bateu. Já é 2017. Coloco meu caderninho embaixo do braço para não esquecer do aprendizado: sem ti eu não sou nada.
Dá cá sua outra mão e vamos começar 2017 com tudo.