Com aumento de 0,45% em setembro, a alta no custo de vida em Florianópolis chegou a 10% nos últimos 12 meses. Os dados são da pesquisa mensal do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), divulgados nesta sexta-feira pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif). Esta é a primeira vez que o acumulado chega a dois dígitos em 2015, quando comparado com 2014 – em agosto, com o acréscimo de 0,95%, nos primeiros nove meses deste ano o número chegou a 7,68%.

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O índice de setembro foi influenciado por aumentos nos grupos Alimentação (0,44%) e Produtos Não Alimentares (1,02%). Os demais grupos _ Serviços Públicos e Outros Serviços _ não apresentaram variação. No grupo Alimentação, o resultado foi impactado pelos aumentos no subgrupo Produtos de Elaboração Primária (1,46%), com destaque para o preço da carne, que manteve a alta de agosto _ carne de primeira 3,79%, costela bovina 3,03%, carne de segunda 2,59%.

Entre os produtos do subgrupo Industrializados, que subiram 0,72%, o macarrão teve preço reajustado em mais 11,02%; e na Alimentação fora do Domicílio, o preço das pizzas subiu 2,24%, as refeições rápidas 1,02% e os lanches 0,22%. Houve redução de 2,55% nos hortifrutigranjeiros e as principais quedas são do preço da cenoura (-4,11%), da tangerina (- 4,35%), dos ovos de galinha (-4,68%), do abacaxi (- 4,78%), do mamão (-5,34%), da cebola de cabeça (-6,76%) e da beterraba (-8,13%).

Entre os produtos Não Alimentares, os artigos de higiene (2,12%) e os eletrodomésticos (1,93%) forma as maiores altas; com pequenas reduções nos móveis (1,05%) e artigos de limpeza (0,63%).

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Sobre o índice

O Índice de Preços ao Consumidor (Custo de Vida) de Florianópolis é calculado desde 1968 pela Udesc Esag e coordenado pelo administrador Hercílio Fernandes Neto. Reflete a variação de preços incidentes sobre os orçamentos das famílias da Capital, com base na comparação de preços de 319 itens. A relevância de cada produto para o cálculo do índice foi definida por meio de uma pesquisa de orçamento familiar, também realizada pela Udesc Esag.