Jogadores do Avaí, João Paulo, Pedro Castro e Marquinhos Silva dormiram poucas horas desde a festa no gramado pelo título do Campeonato Catarinense 2019. A alegria pela conquista era maior que o sono. Ainda no clima da festa de horas atrás, os três estiveram juntos para falar sobre o objetivo alcançado com a camisa azurra. Para cada um, o objetivo alcançado tem um sabor diferente.
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Para o meia-atacante João Paulo, que ganhou também o troféu de craque da decisão, marca a fase em uma nova equipe. Pela primeira vez no futebol do Sul do Brasil, o jogador de 28 anos conseguiu se adaptar bem ao futebol local e foi um dos destaques da campanha azurra. Ele confessou que as coisas ficaram melhores quando conseguiu comer a comida preferida. O cuscuz é corriqueiro no prato no Nordeste e sentiu falta no primeiro mês por em Florianópolis.
– Eu estou adaptado, feliz, tranquilo. Mas eu senti falta, e foi difícil de encontrar aqui, do cuscuz, que a gente come muito no Nordeste. Até o Geninho brincou comigo de mandar trazer do Rio Grande do Norte uma cuscuzeira (panela específica para fazer cuscuz). Mas o supervisor do Avaí (Vinícius de Almeida) encontrou e me deu. Foi difícil ficar quase um mês aqui sem comer cuscuz. Depois que eu passei a comer cuscuz, está dando tudo certo – brinca João Paulo.
Para o meia e volante Pedro Castro, o título é um símbolo da consolidação da volta por cima no Avaí. Nos dois últimos anos com a camisa azurra, o atleta de 26 anos foi alvo de críticas do torcedor, a ponto do técnico Geninho utiliza-lo como titular somente em jogos fora de casa. Porém, neste Estadual esteve em ação em 18 das 20 partidas do clube e foi abraçado pela torcida.
– Difícil descrever a alegria que eu sinto pelo momento que eu e o clube estamos passando. Fico feliz por tudo que já passei. É indescritível. Ganhar um título representa entrar para a história do clube, ainda mais depois de um tempo do Avaí sem conquistar o Catarinense. Estou feliz e honrado – comentou Pedro Castro.
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Sentimento de triunfo que também encheu o peito do zagueiro Marquinhos Silva. O Catarinense alcançado no último domingo, na Ressacada, foi o terceiro na carreira do defensor. Os dois anteriores, em 2014 e 2015, foram pelo arquirrival Figueirense. O respeito pelo Alvinegro está presente no coração do jogador, mas este Estadual pelo Avaí tem peso diferente.
– O título é importante porque assim se coloca nome na história de clube. Esse é especial por tudo o que eu passei antes. Teve o momento de estar sem time, vindo da absolvição de doping, com 35 anos, com pessoas dizendo que deveria me aposentar. Eu ainda quero jogar até o ano que vem, para poder ganhar dois Catarinenses também pelo Avaí.