A Serra do Rio do Rastro é cercada de histórias e mistérios.

Um fato curioso, mas verídico, é contado por Ivan Cascaes, proprietário do Rio do Rastro Eco Resort, localizado no alto da montanha, e presidente da Associação Bom-jardinense de Turismo.

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Há aproximadamente 12 anos, Ivan foi consultado por um grupo de empresários de Florianópolis que queria promover no mirante da serra um megashow de ninguém menos do que a banda inglesa de rock Pink Floyd.

Ivan conteve a emoção e precisou agir com a razão: alertou os empresários sobre as condições climáticas da serra, a estrada perigosa para um pós-festa e os impactos ambientais que algo tão grandioso provocaria.

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Assim, com o iminente risco de insucesso, o evento foi inviável.

Outras histórias são contadas pelo ex-governador Esperidião Amin. Ele lembra que, antes da abertura da estrada, havia um cabo que transportava madeira, remédios e até pessoas doentes do topo à base da montanha.

Das lendas do lugar, o comerciante Varlei Mariot conta pelo menos duas um tanto intrigantes.

A mais popular dá conta da existência de um homem que, à noite, fica na boca da serra pedindo carona. Quando algum carro ou ônibus para, ele entra e, no meio do caminho, desaparece.

– Certa vez, uma mulher ligou para uma rádio da região dizendo que havia uma foto desse homem misterioso em frente à minha lanchonete. Mas quando fui ver, era uma foto do meu pai, que está vivo. Fiquei uma hora no ar discutindo com o radialista.

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Outro mistério é o de uma suposta panela cheia de ouro que teria sido escondida na montanha pelos jesuítas quando da passagem deles pela região, na metade do século 18.

Conta a lenda que muitos homens diziam às suas famílias que iriam caçar na serra quando, na verdade, saíam em busca do ouro. Alguns deles jamais voltaram para casa.

A explicação pode estar na mística de uma maldição lançada sobre quem encontrasse o tesouro e contasse algo a quem quer que seja. E o castigo não poderia ser mais cruel: a morte.

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>> Assista ao vídeo de um passeio pela Serra do Rio do Rastro: