A aposentada, dona Ilze Jantz mora na casa 16.473, rodeada por palmeiras altas, no Km 51 da SC-474, ao lado do acesso ao Distrito da Vila Itoupava. Ao subir a rampa da garagem para sair de casa, está no meio do conflito que considera impensável: à direita, a cerca de 50 metros, avista uma lombada eletrônica desativada desde novembro do ano passado.

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>>Confira a galeria de fotos que registram acidentes no trecho do Km 51 da SC-474.

Outros 50 metros à esquerda, se depara com a sinuosa curva em subida, onde acidentes são cada vez mais comuns. Foram três neste ano, mas o que mais preocupa é que, invariavelmente, há veículos pesados envolvidos. Dona Ilze chegou a modificar a entrada da garagem, que saía direto na rodovia, para evitar se envolver em acidentes.

– Temos medo de sair, porque o susto é grande. Precisa ouvir o barulho que causa uma batida dessas, a casa treme toda. A maioria é irresponsabilidade, porque não obedecem as placas – indigna-se.

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O último caminhão a se perder na curva foi um Ford Cargo, com placas de Guarulhos (SP), na noite de 19 de novembro, quando transportava roupas de cama de uma empresa da região. Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o caminhão, que seguia no sentido Blumenau-Massaranduba, não venceu a curva e a subida, cruzou a pista contrária e tombou no barranco.

Ninguém se feriu, mas para a PMRv, o motorista estava em velocidade superior à permitida no trecho: os 60 km/h determinados pela lombada eletrônica desativada.

– Foi acidente de trabalho. As pessoas falam que acontece o acidente por causa das lombadas, mas não tem nada a ver. Que culpa a gente tem se a lombada não tá funcionando? Essa curva é perigosa – defende-se Roberto Maurício, 38 anos, motorista do caminhão.

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>> Leia a reportagem completa na edição desta sexta-feira.