Se há uma tradição que o Curupira Rock Club mantém com afinco é morrer e ressuscitar seguidas vezes. Foi assim ao longo desses quase 25 anos de altos decibéis e dúzias de bandas dos mais variados calibres, que fizeram do lugar um lenda do rock underground nacional e levou o nome de Guaramirim a cantos remotos do País. Nos últimos três, quatro anos, novamente o Curupira respirou por aparelhos, chegando mesmo a ter a morte decretada, especialmente por quem viu o clube ser “profanado” por eventos de música eletrônica e bailões. Ocorre que o uso para este tipo de programação deu ao Curupira sobrevida e poder de pagar as contas, que nunca pararam de chegar, até quando os shows underground minguaram e o público roqueiro sumiu.

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Neste sábado (11), o templo experimentará um novo renascimento, com a inauguração das remodeladas instalações e o início da temporada que celebra suas bodas de prata. Inativo desde dezembro, ele reabrirá, às 20 horas, com shows de Outlaw Singers, James Dinho and The Little Bastard, Extrussora, Hardash e Mutley Rock. Junto com a ampliação do salão, o clube ganhou um grande deque externo. A reforma custou em torno de R$ 12 mil e era essencial para o crescimento do clube, segundo Mariana Pires, que está à frente das ações.

Ela diz que, junto com as adequações físicas, está em curso uma reestruturação administrativa e histórica, o que significa voltar a bater na tecla da ecologia. Além disso, o Curupira ampliará seu escopo: funcionará de sexta a domingo, continuará recebendo eventos fora do rock (como festas eletrônicas e MPB) e se abrirá para outras formas de arte, como dança e teatro. A agenda, por sinal, está repleta até junho. Por outro lado, Mariana trata de tranquilizar o povo do undergroud.

– A gente sabe que o Curupira é conhecido por ser um berço de bandas, e essa continuará sendo a nossa bandeira – garante.

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