Focado nos mínimos detalhes do curta-metragem que marca a sua estreia como diretor, o fotógrafo Alceu Bett pensou nas escolhas dos atores e nas parcerias com argumentação certa de quem não quer lançar um audiovisual de circulação restrita ao Estado. Tudo foi premeditado para que “As Mortes de Lucana” ganhe projeção nos festivais pelo mundo.
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Graco e Lucana, personagens do filme, já viveram na literatura de Fernando Karl, que assina com Bett o roteiro do curta. Aliás, toda a inspiração da história de amor surge de versos de autores reverenciados pelo idealizador. Para o personagem de Lucana, o diretor convidou a atriz portuguesa Paula Pinto, e para o papel de Graco, o ator joinvilense Robson Benta.
Além da presença de Paula, que só havia estado no Brasil antes em uma rápida passagem, Bett contou com a parceria da produtora portuguesa Sentidos Ilimitados de Lisboa e da Cooperfilm. As relações com Portugal foram estabelecidas no período em que ele se especializou em direção de cinema e vídeo na Universidade Moderna de Lisboa.
– É importante esta relação para podermos lincar o curta ao cenário europeu, principalmente na parte de distribuição – comenta Bett, que no início de 2013 lança o trabalho no FESTin (Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa) de 2013, em Lisboa.
A música do filme é outra surpresa para os espectadores. A produtora portuguesa aproveitou a passagem do compositor belga Gelany Beno pela capital portuguesa. Após assistir às imagens do curta, ele compôs uma trilha original para o curta joinvilense.
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O argumento de “As Mortes de Lucana” estava pronto desde de 2010, mas passou a ser posto em prática com a seleção do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura (Simdec) de 2011. Foram usadas locações no Centro Histórico de São Francisco e, em Joinville, o Mercado Público Municipal. Além dos dois atores principais, há a participação especial do mágico francês Dany Adams, que hoje vive em Joinville.
O curta atemporal de 19 minutos é essencialmente poético. Lucana morre, metaforicamente, três vezes: por meio da palavra, religiosidade e gula.
– A morte que tratamos no curta é aquela das coisas que morrem todos os dias em nós – reflete Bett, que quer dar continuidade aos trabalhos audiovisuais:
– Essa experiência foi muito interessante. Como fotógrafo, edito minhas imagens sozinho, decido tudo. Na direção de cinema, você é só o regente.
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“As Mortes de Lucana” estreia em Joinville em uma das salas do GNC Cinemas do Joinville Garten Shopping. São Francisco do Sul deve ser a próxima cidade a receber a exibição.
O QUÊ: lançamento do curta-metragem “As Mortes de Lucana”.
QUANDO: segunda-feira, às 21 horas.
ONDE: no GNC Cinemas do Joinville Garten Shopping.
QUANTO: gratuito. O ingresso deve ser reservado pelo e-mail curtalucana@gmail.com, com nome completo e RG. Restam poucas vagas.