Uma alternativa para ingressar no mercado de trabalho é optar por uma formação em algum curso técnico. Mas a procura por este tipo de formação não é muito comum. Seja pela falta de oportunidade ou até mesmo pela questão cultural, como comenta a empreendedora educacional, Ana Paula Calaes.
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— Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que 61% das empresas brasileiras têm dificuldade na hora de preencher vagas na área técnica. A gente percebe que isso é uma questão cultural. Se observarmos os alunos que terminam o ensino médio, somente 8% buscam cursos técnicos. Nos países desenvolvidos esse número passa para 54%. Se a gente comparar com México, Chile é em torno de 26 a 30%. Estamos aquém das necessidades, por isso o mercado de trabalho sente este apagão de mão de obra neste setor.
Uma das opções para quem ingressa no ensino médio é buscar por instituições que, de forma simultânea, também oferecem um curso técnico atrelado ao ensino médio, como é o caso dos Institutos Federais.
Está previsto para início neste ano a implementação das diretrizes do Novo Ensino Médio, que até 2022 mudará a carga horária mínima para os estudantes e irá incluir matérias profissionalizantes na base curricular. Com a medida, ao fim da graduação os alunos formados receberão o certificado do ensino médio e do curso técnico ou dos cursos profissionalizantes escolhidos durante a graduação.
— São várias iniciativas que vão de encontro com a necessidade de trazer novamente este profissional para o mercado de trabalho.
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