Aprender política internacional com professores de algumas das melhores universidades do mundo, como Harvard e Princeton, finanças com economistas da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ou publicidade digital com engenheiros do Google. Essa é a proposta dos MOOCs (sigla em inglês para cursos intensivos livres online), procurados por estudantes e profissionais que querem aprender ou apenas reciclar o currículo.
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No Brasil, essa forma de ensino ainda encontra barreiras legais para ser regularizada, mas algumas universidades já começam a firmar parcerias com empresas que desenvolvem plataformas digitais, onde é possível ter acesso aos cursos, e a tendência, afirmam educadores, é de que esse número cresça nos próximos anos.
Desde 2012 na rede, o site norte-americano Coursera oferta 856 MOOCs de 115 instituições de ensino e já superou a marca de 10 milhões de alunos virtuais.
O segredo para esse alcance é a variedade de cursos, que vão de áreas como Matemática e Física até programas de computador.
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Essa modalidade de estudo, atrai acadêmicos e profissionais que buscam atualização. A estudante Lidia Costa cursa Artes Visuais em Florianópolis e já complementou o aprendizado com diversos MOOCs:
– Já fiz oito cursos que dificilmente poderia fazer em alguma universidade, como História da Arte para Ilustradores. Comecei a fazer para cumprir as horas extracurriculares, mas aprendi muita coisa importante para a minha carreira – afirma a estudante.
A legislação brasileira ainda não está adaptada para os novos cursos. Por isso, apesar de alguns MOOCs oferecerem certificado, eles não são reconhecidos no país como canal de educação. O assunto foi debatido no mês passado no 15o Encontro de Reitores do Grupo Tordesilhas, em Portugal. A entidade reúne 55 universidades, incluindo a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
– Os MOOCs são ofertados por plataformas reconhecidas internacionalmente. Apesar do não reconhecimento, objetivo desses cursos não é uma titularidade, mas um conhecimento rápido e útil. Por isso existem MOOCs não apenas para disciplinas de nível superior, mas também para assuntos mais profissionais – explica o pró-reitor adjunto de Graduação da UFSC, Rogério Luiz de Souza, que participou do congresso.
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