Sem folga. Com o fechar das cortinas sobre o palco e o acender das luzes na plateia, o espetáculo termina. Mas só para começar tudo de novo. Pelo menos é assim que funciona para a organização do Festival de Dança de Joinville.
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Os trabalhos para definir como será a 32ª edição, de 16 a 26 de julho do ano que vem, já estão em andamento – especialmente após o encontro da curadoria artística nesta semana, em São Paulo.
Em dois dias de reunião, quatro profissionais da dança discutiram os rumos do festival. Cecília Kerche (bailarina principal do Theatro Municipal do Rio de Janeiro), Iracity Cardoso (diretora do Balé da Cidade de São Paulo), Sigrid Nora (artista pesquisadora em dança) e Tais Vieira (diretora do Coletivo Flores e da Membros Companhia de Dança) são responsáveis por definir as atrações das noites de abertura e Gala, selecionar os grupos que se apresentam no evento (Mostra Contemporânea, Mostra Competitiva, Meia Ponta e Palcos Abertos), escolher as oficinas e os professores, indicar os jurados e elaborar a programação dos seminários de dança, além de dar o suporte na estruturação de todos os eventos que integram a programação do festival.
Elas também aproveitaram o encontro para avaliar a edição de 2013 junto à diretoria do Instituto Festival de Dança.
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– Ano passado, participei pela primeira vez do conselho. Foi uma experiência fantástica porque, até então, eu não via a totalidade do festival. Ter esse conhecimento foi muito importante para mim, muito bom – conta Iracity.
De positivo, a única curadora novata, Tais, destaca a plateia sempre lotada. Entre os pontos a melhorar, a equipe pensa em formas de ampliar o intercâmbio de ideias e experiências entre os participantes e também com a população.
O desafio é fazer com que os grupos interajam mais, proporcionando, assim, maior troca entre modalidades e linhas estéticas diferentes.
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– Estamos propondo um festival mais dinâmico. Queremos dialogar com espaços urbanos, principalmente através de seminários e encontros diretos com o público – explica.
Nesse sentido, em 2013, o festival ofereceu 2.620 vagas distribuídas em 47 turmas de cursos e oficinas dos mais variados gêneros de dança, seminários para debater diversos aspectos sobre dança clássica e workshops coreográficos. Tudo isso voltado para o aperfeiçoamento técnico, pedagógico e acadêmico dos bailarinos.
Para aproximar o festival da população, o evento promoveu também o Visitando os Bastidores – uma iniciativa para mostrar, por meio de visitas guiadas e gratuitas, camarins, camarotes, bilheterias e os demais espaços do Centreventos Cau Hansen que estão por trás de tudo o que acontece durante os dez dias de apresentações.
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