Oficialmente, a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa (Alesc) ocorrerá somente no dia 1º de fevereiro de 2013, mas nos gabinetes as negociações seguem a todo o vapor e há quem aposte em uma decisão já nesta semana.
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A bancada do PMDB acredita que, após 25 anos, chegou sua vez de voltar a comandar a Casa. O problema é convencer os outros partidos que, hoje, estão mais inclinados a apoiar a divisão do mandato.
As discussões em torno da sucessão na Assembleia começaram há quase dois anos, logo após a eleição do atual presidente Gelson Merisio (PSD). Na época, com o discurso de que, apesar da maior bancada, o PMDB abriu mão da presidência nos últimos anos, o partido passou a reivindicar o posto e lançou o nome de Romildo Titon.
O último movimento ocorreu na semana passada, quando as bancadas do PP e PSDB formalizaram a criação de um bloco. As conversas entre os dois partidos vêm desde o início do ano e já havia acendido a luz amarela na bancada do PMDB. É que, juntos, o PSDB e o PP se tornam a maior bancada, com 11 deputados, contra 10 dos peemedebistas.
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Divisão do mandato é vista como alternativa
Também nesta época, iniciou-se a construção da tese da divisão do mandato. A proposta é consolidação de uma composição entre PMDB e PP, sendo que os dois nomes mais prováveis seriam de Titon e de Joares Ponticelli (PP).
Nos bastidores, a aposta é que a questão seja decidida nesta semana. Uma aposta seria o fechamento da questão entre PSDB, PP, PSD e mais dois nanicos, fechando 21 votos.
Neste contexto, o grupo procuraria o PMDB para perguntar qual seria a escolha: uma composição pela divisão do mandato ou a disputa no voto. Havendo a negativa do PMDB, uma alternativa seria procurar o PT.
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– Desde 2004 estamos mantendo a harmonia, com eleições decididas pelo consenso. O PSDB quer continuar assim – afirma o deputado Dado Cherem (PSDB).
*Colaborou Michele Pinheiro, especial