A cúpula da segurança pública de Santa Catarina está em Criciúma, no Sul do Estado, desde a manhã desta quinta-feira, onde vai anunciar o começo de uma força-tarefa para frear os assassinatos. Desde o começo do ano, já são 22 mortes, num crescimento de 100% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Às 11h30min, as autoridades se reuniram na sala do comando do 9º Batalhão da Polícia Militar para traçar as primeiras ações que serão realizadas. Os trabalhos são coordenados pelo secretário da Segurança Pública, César Grubba. Ele está em Criciúma com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Henrique Hemm, e o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Nitz, além de comandantes regionais e locais.
A reunião é fechada e ao final haverá ume entrevista coletiva para o anúncio das medidas que serão deflagradas. As tropas de unidades de Florianópolis, como o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Choque, além do Batalhão Aéreo, devem começar a atuar à tarde e noite. A missão também abrangerá policiais civis da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Foto: Diórgenes Pandini/Agência RBS
Novo comandante local
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Cedo da manhã, a cúpula da segurança pública participou da solenidade de troca do comando do 9º Batalhão da PM, no Parque das Nações. O então comandante, tenente-coronel Márcio Cabral, passou o cargo ao tenente-coronel Evandro Fraga, que era subcomandante.
Em seu discurso de despedida, o tenente-coronel Cabral fez críticas à legislação atual como sendo frágil e citou por exemplo a existência de “marginais travestidos de menores infratores”.
Nesta semana, a Polícia Civil local anunciou a apreensão de um adolescente de 16 anos que seria responsável por nove assassinatos, sendo cinco supostamente cometidos nos últimos 30 dias em Criciúma e quatro em Balneário Camboriú, a cidade em que é natural. O garoto foi encaminhado para um centro de atendimento a adolescente em Tubarão.