Cunhada de Vaccari é considerada foragida pela PF

A Polícia Federal já considera Marice Corrêa de Lima, cunhada de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT preso nesta terça-feira, como foragida. Investigadores foram à casa de Marice, em São Paulo, também na terça-feira, mas ela não estava.

Com o passar de mais de 24 horas, a entendimento da Polícia Federal é de que Marice já tomou conhecimento, seja por meio da imprensa ou de familiares, de que é procurada e que, como não se entregou, sua situação passa a ser de foragida.

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Marice tem contra si um mandado de prisão temporária de cinco dias, emitido dentro das investigações da operação Lava-Jato, que apura desvios de recursos da Petrobras e, mais recentemente, da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. Na terça-feira, em entrevista coletiva na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, o delegado Igor Romário de Paula afirmou que, caso não se entregue, a prisão de Marice poderá ser convertida de temporária em preventiva, quando não há prazo estabelecido para soltura.

Marice é suspeita pela compra de um apartamento no Guarujá, no litoral paulista, por aproximadamente R$ 200 mil. Depois, ela desistiu do negócio e recebeu R$ 432 mil da construtora OAS. Por fim, a empreiteira revendeu o imóvel por R$ 337 mil, valor inferior ao pago para Marice. Para os investigadores, é um apontamento de lavagem de dinheiro.

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Também consta contra ela depoimento do delator Alberto Youssef, um dos operadores do esquema. Ele disse aos investigadores que Vaccari recebeu propina da Toshiba, depois de a empresa ganhar uma licitação para prestar serviço no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O dinheiro foi entregue à emissária de Vaccari: Marice. Várias transações bancárias da família do agora ex-tesoureiro petista estão sob suspeita. Há indícios de enriquecimento ilícito.

– A pessoa da Marice, cunhada do Vaccari, já esta há muito tempo sendo investigada por operar junto com ele operações de doações partidárias ilegais e operações financeiras relativas à Petrobtras – explicou, em entrevista coletiva, o procurador do Ministério Público Federal Carlos Fernando Lima.

*Zero Hora