No pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou em uma nova abertura de inquérito para investigar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Procuradoria-Geral da República destacou que o peemedebista já tinha contas no exterior desde os anos 90, com patrimônio não declarado de R$ 60,8 milhões, e também possuía uma frota de oito carros de luxo.
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Reprodução/PGR
Segundo o documento, Cunha mantinha conta junto ao banco Merril Lynch nos Estados Unidos há mais de 20 anos e, pela avaliação de risco, possuía um “perfil agressivo e com interesse em crescimento patrimonial”. Sua fortuna seria oriunda de aplicações no mercado financeiro local e de investimento no mercado imobiliário carioca. Há também referências à sua antiga função de Presidente da Telerj.
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Seu patrimônio estimado, à época da abertura da conta, era de aproximadamente USD 16 milhões, (R$ 60,8 milhões). A PGR afirma que o valor “contradiz frontalmente” suas declarações perante a Justiça Eleitoral. Em 2014, Cunha apresentou a declaração de bens no valor de R$ 1,6 milhão, sendo que, deste total, R$ 840 mil são referentes a quotas ou quinhões da empresa C3 Participações, da qual ele é sócio com a sua esposa, Cláudia Cruz.
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Há também uma frota de oito veículos de luxo em nome de Claudia, da C3 Participações e de outra empresa da família, a Jesus.com. De acordo com a PGR, os carros valem juntos R$ 940,5 mil. Entre os carros listados há um Porshe Cayenne, ano 2013, no valor de R$ 429,5 mil, e outro Porsche Cayenne, de 2006, avaliado em R$ 122,7 mil.

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*Estadão Conteúdo