O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou na tarde deste domingo uma mudança nas regras da segunda chamada durante a votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Em vez de convocar todos os ausentes ao fim da primeira chamada, ele fará isso ao final da votação de cada bancada.
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A sessão na Câmara dos Deputados começou em meio a gritos e empurrões. Antes mesmo de entrarem no plenário da Câmara dos Deputados, parlamentares favoráveis e contrários ao afastamento de Dilma se enfrentaram e bateram boca.
– Está aberta a sessão sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro – disse Cunha.
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A sessão começou com um plenário cheio, em meio a gritos de “Não vai ter golpe” e “Impeachment já”. Os parlamentares cantaram o hino nacional e “Sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor”. A sessão foi atrasada pelas acaloradas discussões entre os deputados, que chegaram a se empurrar.
Instantes antes do início da sessão, um grupo de deputados que apoia o governo gritava “Democracia!” para abafar a voz de Cunha que falava com a imprensa.
Um grande cartaz com a frase “Fora Cunha” em letras vermelhas foi erguida na deliberação. O discurso do relator do impeachment Jovair Arantes também foi interrompido várias vezes.
Domingos Sávio (PSDB-MG) acusou os contrários ao impedimento de iniciarem o tumulto:
– Estávamos parados, e eles vieram nos pressionando. Eles querem provocar, mas nós vamos ganhar no voto.
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Já o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) defendeu os colegas e negou a provocação.
Cada um dos 513 deputados será chamado a manifestar seu voto no microfone e terá 10 segundos para justificar sua decisão. Por conta dos tumultos, estima-se que a votação só comece às 17h. Por enquanto, líderes dos partidos tomam a palavra para defender a posição das bancadas.
* Com informações da AFP e da Agência Brasil