O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a criticar a negociação de cargos que o governo federal está articulando com partidos da base aliada, após a saída do PMDB, na terça-feira. Nesta quinta-feira, Cunha afirmou que esse tipo de acordo “é liquidação de fim de governo, é feirão do Petrolão”, fazendo referência ao esquema de corrupção na Petrobras, no qual ele próprio é investigado.

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O peemedebista também comentou as declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que criticou o rompimento da sigla com o governo.

— Eu não acho que foi precipitado, do meu ponto de vista já está atrasado em oito meses — opinou.

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Sobre a declaração de que o afastamento do governo teria sido um movimento “pouco inteligente”, Cunha disse que “então é pouco inteligente a unanimidade que aclamou a decisão”.

Apesar da decisão do partido de que todos os membros devem sair imediatamente do governo, alguns ministros do PMDB demonstram intenção de continuar nos cargos.

— Eu defendo que aqueles que estão efetivamente no governo saiam — afirmou o presidente da Câmara, que disse que as “consequências cabem ao partido”. — Alguns não têm muita identidade com o PMDB, gente recente no partido, esses são os mais aguerridos a continuar no governo.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta quarta-feira em seu Twitter, que não deixará o governo. As mensagens foram publicadas instantes depois de uma foto, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, flagrar uma troca de mensagens entre ela e um interlocutor. O texto dizia que ela e mais cinco ministros do PMDB ficariam no governo depois de se licenciar do partido.

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