O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas afirmou que “algumas decisões precisam ficar mais claras”.

Continua depois da publicidade

Voto a voto, veja a posição dos ministros do STF sobre o rito do impeachment

Na avaliação do peemedebista, a Corte fez mudanças de jurisprudência sobre o rito adotado na época do impeachment de Fernando Collor.A principal preocupação dele, no entanto, é a possibilidade de o plenário rechaçar a chapa única imposta pelo Judiciário, o que poderia travar o processo de impeachment na Casa.

— O que nós faremos se o plenário rejeitar a única chapa da comissão? ponderou. — O que mais nos preocupa é o que toca na impossibilidade de candidaturas avulsas — pontuou.

Rosane de Oliviera: Dilma colhe vitórias surpreendentes

Continua depois da publicidade

Cunha convocou para segunda-feira uma reunião de colégio de líderes para discutir a questão e pretende, nos próximos dias, estudar a possibilidade de entrar com embargo de declaração para questionar a decisão das candidaturas avulsas. Ele aguardará a votação da ata da sessão desta quinta-feira.

— Como faremos na eleição da Mesa, das comissões permanentes? — insistiu.

Segundo o peemedebista, faltou “um pouco de entendimento” dos ministros em relação ao funcionamento da Casa. Ele lembrou, por exemplo, que nas comissões permanentes há disputa de candidaturas, que eleição pressupõe disputa e que o voto secreto é adotado em diversas situações, como eleição destes colegiados.

Suíça diz que transferiu todos os documentos sobre Cunha ao Brasil

— Não teremos mais eleições secretas na Casa? — questionou.

Cunha disse não se sentir frustrado com o julgamento do STF, afirmou apenas que “estava tranquilo”.

Sobre a questão das candidaturas avulsas, ele informou que o DEM apresentou um projeto para incluir essa possibilidade expressamente no regimento interno.

Continua depois da publicidade