O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu suspender a viagem que faria nesta quinta-feira para a Itália. O cancelamento ocorreu após se tornar pública a informação de que o deputado foi denunciado por um banco suíço por lavagem de dinheiro. Na quarta, o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil autos da investigação contra Cunha por suspeita de lavagem e corrupção passiva.
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Cunha afirma que decidiu ficar em Brasília para poder comparecer ao casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR). O cancelamento vem também em meio a críticas por causa de um tour diplomático realizado no primeiro semestre pela Rússia e Oriente Médio.
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No roteiro inicialmente previsto, Cunha e uma comitiva iriam para Milão e Roma. Na capital italiana, o deputado participaria do Primeiro Fórum Parlamentar Itália-América Latina e Caribe. A agenda de Milão não foi informada. Seria a terceira viagem internacional desde que Cunha assumiu a presidência da Câmara. Há pouco mais de um mês, Cunha foi a Nova York participar da quarta edição da Conferência Mundial de Presidentes de Parlamentos, na sede da ONU.
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As viagens de Cunha tornaram-se alvo de críticas por causa de um tour diplomático pela Rússia e Oriente Médio, em junho deste ano. A viagem de sete dias do presidente da Câmara e de outros 13 deputados por Israel, pelo território palestino e pela Rússia custou cerca de R$ 395 mil aos cofres públicos.
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As despesas foram com passagens aéreas, taxas de embarque e diárias para hospedagem e alimentação. Alguns deputados utilizaram o dinheiro da cota parlamentar destinada a despesas com passagens aéreas, e, por isso, a Câmara calcula que os custos da missão seriam de R$ 347 mil.
A Câmara informou em julho não ter pago as despesas das sete mulheres dos parlamentares, inclusive a de Cunha, e de amigos deles que acompanharam a missão. A Casa disse ainda que a parte turística da viagem foi paga pelos anfitriões.
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* Estadão Conteúdo