O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou, nesta segunda-feira, que está havendo uma “vulgarização generalizada da palavra impeachment”, fruto da insatisfação da população com o atual governo. Ele concedeu entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Continua depois da publicidade
PSDB reage a Cunha e diz que recorrerá ao plenário por impeachment
Eduardo Cunha rejeita tese do impeachment de Dilma
Cunha reiterou postura contrária a um possível pedido de impeachment embasado no relatório do TCU que apontou a prática de manobras fiscais pelo Planalto. Na avaliação do presidente da Câmara, o episódio ocorreu em 2014 e, portanto, não serve como base para “contaminar” o atual mandato da presidente Dilma.
– Eu acho que está havendo uma vulgarização generalizada da palavra impeachment. O que está acontecendo são insatisfações. (As pessoas) buscam no impeachment uma saída para aqueles que estão descontentes com o governo ou com a figura da presidenta e, com isso, querem terminar o mandato dela antecipadamente – avaliou.
Continua depois da publicidade
“Não estou nem um pouco preocupado”, diz Cunha sobre protestos
Cinco motivos para você ter mais medo de Eduardo Cunha do que de Frank Underwood
Eduardo Cunha lembrou a posição de Fernando Henrique Cardoso, que no fim de semana declarou que seria “precipitado” abrir um processo de impeachment antes de haver um “fato concreto”.
– O ex-presidente Fernando Henrique Cardozo falou com muita clareza. Impeachment não é tese. Ou tem fato ou não tem fato – afirmou.
O presidente da Câmara também questionou os apontamentos apresentados no relatório do TCU, que verificou responsabilidade de integrantes do governo na realização das chamadas “pedaladas” para permitir a aprovação das contas.
– O TCU não é órgão de poder. É órgão de assessoramento do Poder Legislativo. O próprio Poder Legislativo já fez uma mudança na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para que justamente essa chamada “pedalada” não tenha implicação de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal – afirmou.
Continua depois da publicidade
Ouça a entrevista completa:
Tire suas dúvidas sobre como funciona o processo de impeachment
O que o retorno dos pedidos impeachment revela sobre o Brasil
Ives Gandra: “Juridicamente, há condições para o impeachment”
*Rádio Gaúcha